O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou, na sexta-feira 11, a libertação do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da garotinha Isabella de Oliveira Nardoni, de cinco anos, assassinada no último dia 29. A decisão da Justiça foi dada em liminar. Ou seja: embora Alexandre e Anna Carolina figurem para a polícia como os principais suspeitos, até o momento do julgamento não havia provas suficientes que justificassem o encarceramento, ocorrido oito dias antes. "A prisão temporária é uma medida excepcional, tolerada apenas nas hipóteses precisamente fixadas em lei, como a produção de provas que se tornariam inviáveis com os investigados em liberdade", escreveu o desembargador Caio Canguçu de Almeida. Ele alegou ainda que, até o momento, o casal não deu indícios de comprometer, dificultar ou impedir a apuração dos fatos. "Não havia razão para eles estarem presos. Não atrapalharam a produção de provas, não coagiram testemunhas e tampouco se negaram a colaborar com o inquérito", disse a ISTOÉ Marco Polo Levorim, advogado do casal. A polícia paulista reiterou que está à espera dos laudos do Instituto de Criminalistica e do Instituto Médico Legal para concluir o inquérito. Em conversas reservadas, policiais admitem que pretendem indiciar o casal por homicídio. Até o momento, 43 testemunhas foram ouvidas. Isabella Nardoni foi atirada do sexto andar do prédio onde moravam seu pai e a madrasta, na zona norte de São Paulo. Foi espancada e estrangulada e morreu a caminho do hospital.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias