Conheça em vídeo algumas inovações:

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TAPETE VOADOR
A cama flutuante da Universal Architecture encanta
e dói no bolso: custa US$ 1,9 milhão

No que depender da tecnologia e dos designers, o quarto do futuro será palco de noites muito mais revigorantes e divertidas. Não basta mais apenas ser boa para dormir. As camas que estão sendo lançadas no Exterior têm home theater, recursos multimídia para ver vídeos e jogar games, conexão com internet, emissão de luzes coloridas, controle de temperatura e tecnologias antirronco. Quando não conta com nada disso, a cama do futuro flutua no ar.

Protótipo desenvolvido pela empresa americana Leggett & Platt, a Starry Night é uma cama que une vários desses atributos. É capaz de aquecer ou resfriar o colchão conforme a necessidade e o gosto do usuário e é equipada com um “centro de diagnóstico do sono”, que promete monitorar os movimentos do corpo e padrões de respiração e fornecer dicas sobre como melhorar o descanso. Além disso, combate o ronco: a cama é capaz de detectar as vibrações provocadas pelo distúrbio e rearticula a posição do móvel para acabar com os ruídos. Por fim, traz dockstation para iPod, sistema de som surround e controle remoto. 

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CABANA
A Hi-Can oferece um refúgio moderno com sistema de som
e home theater para fugir do estresse (US$ 67 mil)

O designer francês Philippe Boulet se inspirou nos princípios da cromoterapia para produzir uma cama que muda de cor de acordo com o humor do freguês. “É possível controlar a velocidade de mudança de cor e escolher entre centenas de tons”, diz Boulet. Também dá para sincronizar as alterações das luzes ao ciclo do sono e adicionar um módulo tocador de MP3 para embalar o descanso. Uma luz mais sóbria pode conferir um clima mais intimista ao ambiente, enquanto um tom mais vibrante ajuda o dorminhoco a acordar com mais energia. 

A outra novidade é o sonho de qualquer pessoa que já brigou com a mãe por causa da cama desarrumada: um móvel produzido pela companhia espanhola Ohea que é capaz de se ajeitar por conta própria. O segredo são os travesseiros e lençóis fabricados sob medida e os sensores que reconhecem quando a cama fica vazia. Cerca de três segundos após o usuário se levantar, a mágica começa: amarrados a cordas que os prendem a um mecanismo na cabeceira, os travesseiros são levantados. Portinholas nas laterais se abrem e liberam braços mecânicos, estes seguram os lençóis – que são presos ao pé da cama com velcro – e os esticam sobre o colchão.

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CROMOTERAPIA
A cama de Philippe Boulet muda de cor, e os tons podem
ser sincronizados ao sono (preço sob consulta)

Já a Hi-Can, desenvolvida pelo designer italiano Edoardo Carlino em cooperação com a Universidade da Calábria, pegou o conceito dos dosséis, aquelas cortinas que envolviam as camas de antigamente, e subverteu-a em uma “tenda” ultramoderna com sistema de som, luzes de leitura, PC com games, home theater, ajuste de posição e persianas. “Hoje em dia, a ideia de casa está mudando. Os ritmos da vida moderna estão ficando cada vez mais frenéticos, e essa cama nasceu da necessidade de ter tudo o que você precisa perto de você, em conforto absoluto, depois de um dia de estresse e preocupações acumulados”, diz o criador.

Não há dúvidas de que essas novidades enchem os olhos por sua beleza e oferecem um ambiente mais aconchegante. Mas as promessas de que essas novas tecnologias oferecem um sono melhor costumam atrair um olhar desconfiado de especialistas. “Eu sou muito cético em relação a esses dispositivos. Isso porque eles não são submetidos a pesquisas científicas controladas”, diz Jim Horne, professor do Centro de Pesquisa do Sono da Universidade de Loughborough, na Inglaterra.

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Por outro lado, alguns recursos são vistos com simpatia por cientistas. “O controle de temperatura pode ajudar a pegar no sono, e a tecnologia antirronco também é útil, principalmente para o parceiro de quem sofre do distúrbio”, diz Jamie Zeitzer, professor-assistente do Centro para a Ciência do Sono da Universidade de Stanford, EUA. O problema, segundo o pesquisador, é que combater apenas um sintoma pode ser perigoso por mascarar problemas de saúde como a apneia.

Apesar disso, alguns pesquisadores acreditam que esse tipo de dispositivo, que promete monitorar o sono, pode ajudar o usuário a tornar-se mais consciente em relação à quantidade e qualidade de seu repouso. “Talvez esse conhecimento leve a uma melhora nos padrões de sono, embora isso não tenha sido comprovado cientificamente”, diz Zeitzer. Mesmo que falte comprovação científica para essas tecnologias, no mínimo elas vão deixar o quarto do futuro mais bonito e confortável.

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Fotos: Divulgação