11/01/2013 - 21:00
STF
De partida
Decano do STF, o ministro Celso de Mello no recesso do Judiciário amadurece a ideia de deixar o órgão antes de 2015, ano-limite para sua aposentadoria. Cogita sair, em março, para cuidar da saúde. Ele sempre trabalhou muito – emenda sessões no órgão com expediente em casa até altas horas. Dilma Rousseff pode assim nomear um quarto ministro para o STF, em pouco tempo de governo. Natural de Tatuí (SP), Mello comprou há pouco um apartamento na capital paulista.
Justiça
Reta final
Marcada para 23 de janeiro, na 16ª Vara Federal do Trabalho, em Brasília, a audiência de conciliação sobre a penhora no Brasil de um Airbus 330-2000 da TAP. A ordem foi emitida no mês passado pelo juiz Luiz Fausto de Medeiros. A causa envolve o pagamento de dívidas trabalhistas de 20 brasileiros empregados na Embaixada de Portugal. Cada um tem a receber uns R$ 500 mil.
ENERGIA
Coisa de louco
Enquanto boa parte dos brasileiros preocupa-se com o racionamento de energia, a Eletrosul foca em outra realidade. Os 68 patrocínios culturais da estatal em 2012 favoreceram projetos descompromissados em combater o desperdício e aumentar a eficiência energética. Teve dinheiro para a Festa do Carneiro no Buraco, corrida de MotoCross, OktoberFest de Itapiranga, Feira da Mandioca, Festa da Melancia, Festa do Feijão, Festa Nacional do Kiwi, Cavalgada dos Ventos, Festival Ovino Vinho, entre outros. Tomara que a lista de favorecidos para 2013 tenha sintonia com a atual situação energética.
Estatal
Coração aflito
Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, diz que desde que entrou no governo, em 2003, responde com frequência à pergunta se vai faltar energia no País. “Até o porteiro do prédio questiona isso.” Para ele, é “absurdo” o número de térmicas – hoje operando quase no limite (16.228 MW) da capacidade. “Dá dor no coração quando saio de um leilão de energia sabendo que ganhou uma porção de térmicas”, acentua. Ok, mas foi a EPE que privilegiou as termoelétricas ao montar a política de energia em curso no País.
Cultura
Pouco a pouco
Presidente da Câmara Brasileira do Livro, Karine Pansa afirma que a entrada de editoras estrangeiras no Brasil não influiu nas vendas do setor. Mas aplaude iniciativas trazidas, como a comercialização de obras literárias em supermercados. Para 2013, uma de suas previsões é que o mercado do livro impresso continuará forte, apesar do início do mercado digital. “Não acho que aqui haverá a troca rápida da obra em papel pela eletrônica, como nos Estados Unidos.”
Governo
Papo reto
Os presidentes da Câmara, Marco Maia, e do Senado, José Sarney, receberam um aviso claro do Planalto: o governo julga desnecessária a ida do ministro Guido Mantega ao Congresso para explicar as operações contábeis do Executivo para fechar as contas públicas de 2012. Ex-ministro da Fazenda, Francisco Dornelles considerou a “alquimia desnecessária”. Para ele, bastava o governo dizer às claras que o superávit menor foi o preço para se manter a economia aquecida e os juros mais baixos no mercado.
Energia
Dentro do problema
Em duas décadas (1990 a 2010), o Ministério Público Federal deu entradaem 1.640 ações civis públicas na área do meio ambiente e patrimônio cultural. Deste total, 48 envolveram a geração de energia e outras 17 a exploração de recursos hídricos. Os números hoje são maiores. O MPF, chefiado por Roberto Gurgel, tem de entrar e justificar suas ações em meio às preocupações generalizadas dos brasileiros sobre o fornecimento de energia elétrica.
MPF
Em boa hora
A Procuradoria dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal será acionada nos próximos dias para investigar a responsabilidade do Comitê Organizador da 88ª Corrida Internacional de São Silvestre pelo acidente fatal com o atleta Israel de Barros. Ele perdeu o controle de sua cadeira de rodas e sofreu colisão contra o muro do Estádio do Pacaembu, no dia 31 de dezembro. O processo, que visa saber até se havia seguro de vida para os atletas, terá como base o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Brasil
Geologia marinha
O mapeamento do fundo do oceano no Brasil começou por Fernando de Noronha. O recolhimento de amostras de rochas e sedimentos em 30 pontos no entorno do arquipélago, a 50 metros de profundidade, feito em novembro pela estatal CPRM, faz parte do projeto estratégico do governo de conhecer e delimitar recursos minerais em nossa plataforma continental e em águas internacionais.
Rio 2016
Do lazer ao negócio
A demanda reprimida por hospedagem no Rio de Janeiro por parte de empresas, turistas e grandes eventos está levando motéis de bairros das zonas norte e oeste, além do centro, a mudar a infraestrutura e a decoração para atender o novo público. Cerca de 60 dos 180 motéis cariocas passam por reformas. A adaptação, vale dizer, tem inspiração doméstica. A Empresa Olímpica Municipal funciona em um prédio no Estácio onde havia um motel (Halley). Fica, aliás, a poucos metros da sede administrativa da Prefeitura do Rio.
Educação
Língua afiada
O Canadá virou o destino preferido de brasileiros que querem estudar inglês no Exterior. As cidades mais procuradas são Toronto, Vancouver e Montreal. De janeiro de 2012 a dezembro deste ano, cerca de 22 mil brasileiros passarão por cursos regulares e intensivos naquele país.
Cultura
Nova edição
Sorrindo muito diante do sucesso do seu filme “De Pernas Pro Ar 2”, em cartaz, Ingrid Guimarães vive a expectativa de outra estreia: a quinta temporada da série “Mulheres possíveis”, em fevereiro, no GNT. Serão cinco as entrevistadas famosas: Fátima Bernardes, Fabíola Nascimento, Maria Paula e Maria Clara Gueiros. Com a jornalista falou-se sobre privacidade, como mantê-la sendo conhecida apresentadora de tevê. No lado dos anônimos, nesse programa, a entrevista foi com uma detetive que investiga infidelidade conjugal.
Judiciário
Espera necessária
Diante do pedido da Procuradoria-Geral da República ao STF para a prisão imediata do deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO), culpado das acusações de peculato e formação de quadrilha, o ministro Marco Aurélio Mello é a favor da remessa do pleito à ministra Cármen Lúcia, relatora do caso, para decisão na reabertura do ano do Judiciário. “Não é sangria desatada e não há risco de o condenado fugir”, disse no Rio de Janeiro, onde passa férias. O acórdão da Ação Penal 396 será publicado daqui a um mês. A lei diz que não pode haver prisão antes do trânsito em julgado da sentença.
Fotos: Daniela Dacorso/AG. ISTOE; Danilo Máximo/CBL; Marcelo Camargo/ABr
