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Cláudia Falcão, do RH da Natura: quadra esportiva e verde para funcionários relaxarem

 

Muita cobrança, incontáveis tarefas e pouquíssimo tempo para realizá-las. O stress – mal do mundo moderno – acomete 70% dos brasileiros, segundo o Isma-BR (International Stress Management Association). E, com os avanços tecnológicos, esse quadro dificilmente irá se reverter, pois as fronteiras entre trabalho e casa estarão cada vez mais tênues. Por isso, no futuro, a qualidade de vida será um item precioso. “As pessoas vão priorizar sua saúde física e mental e irão valorizar o tempo que tiverem para si mesmas”, diz Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV).

É fácil, portanto, imaginar o potencial de crescimento da área. O economista americano Paul Zane Pilzer, autor do best seller The wellness revolution – how to make a fortune in the next trillion dollar industry (A revolução do bem-estar – como fazer fortuna na próxima indústria de US$ 1 trilhão), diz que esta será a nova economia trilionária. Até hoje, só os carros e computadores conseguiram gerar US$ 1 trilhão. Quando a primeira edição do livro foi lançada, em 2002, a indústria do bem-estar era uma economia de US$ 200 bilhões. Hoje este número está em US$ 500 bilhões.

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O setor engloba a área de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, e de serviços. Encaixam-se no perfil desta indústria profissionais como químicos e revendedores, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas – incluindo os quiropraxistas, uma ocupação que cresce no País. Com a vaidade em alta, médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos têm um amplo mercado pela frente e boa remuneração. Oportunidades de trabalho, especialmente em spas e clínicas, surgirão também para esteticistas. O crescimento do setor trará novidades. “Hoje a formação de fisioterapeutas, por exemplo, é voltada para o tratamento de doenças. A tendência é que o enfoque seja também na prevenção”, diz Ogata. O mundo acadêmico está sintonizado com o momento: a Universidade São Camilo, de São Paulo, em parceria com a ABQV e a Associação Brasileira de Medicina de Grupo, oferece um MBA em gestão de programas de qualidade de vida.

Zen no trabalho
A marca de cosméticos Natura tem como filosofia o “cuidar bem” de seus consumidores. Essa idéia repercutiu na empresa. “Era questão de coerência pensar no bem-estar dos funcionários”, diz a diretora de Recursos Humanos Cláudia Falcão. Hoje, há um gerente encarregado dos programas de qualidade de vida, que atendem cinco mil pessoas. Entre os benefícios estão bolsas de estudo e atividades físicas. A empresa tem uma área parecida com muito verde e quadras esportivas. “Nesse campo deve-se saber gerenciar e pesquisar o que será bom para o funcionário”, diz ela.


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