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Cassiano (à frente) com sua equipe de game designers

 

Diversão é coisa séria hoje em dia. O mercado de entretenimento se profissionalizou e os consumidores buscam serviços de qualidade. “Cada vez mais, as pessoas valorizam seus momentos de lazer e isso impulsiona o crescimento do setor no País”, afirma Nelson de Abreu Pinto, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo.

Na área de entretenimento, o grande destaque fica para o turismo, apesar do apagão aéreo do último ano. Com suas belas praias e natureza exuberante, o Brasil tem potencial para receber mais do que os cinco milhões de turistas estrangeiros que estiveram aqui no ano passado – mesmo número de turistas que visitaram a Tunísia, país de dez milhões de habitantes, situado no norte da África. Com uma política de investimentos em infra-estrutura, o Ministério do Turismo tem como meta até 2010 gerar 1,7 milhão de empregos no setor e US$ 7,7 bilhões em divisas. Para isso, pretende promover 217 milhões de viagens domésticas e estruturar 65 destinos com padrão de qualidade internacional.

 

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Em arte e cultura, a grande novidade são os musicais. Com inspiração na Broadway de Nova York, as produções adaptadas e exibidas em São Paulo já levaram 2,3 milhões de pessoas ao teatro, desde O beijo da Mulher Aranha, a primeira do gênero, em novembro de 2000. Segundo Stephanie Mayorkis, diretora da Divisão de Teatro da CIE Brasil – subsidiária do grupo mexicano Corporación Interamericana de Entretenimento –, cada musical gera cerca de 500 empregos. “As principais áreas de atuação são diretor-geral, diretor de coreografia, diretor musical, gerente de companhia, gerente de palco, diretor técnico, elenco e músicos”, diz Stephanie.

Embora ainda modesta, a área de design de games e animação é promissora. Já existe curso superior e 35 empresas atuam no setor. O grande segmento hoje é o desenvolvimento de jogos para celular e online. “Foi a maneira que encontramos de trabalhar sem ter de competir com produtos piratas”, diz André Penha, presidente da Associação Brasileira de Games. Segundo ele, 94% dos jogos vendidos no País são pirateados. Os games desenvolvidos para celular, além de baratos, são muito difíceis de copiar.

Paixão por jogos
Desde criança, Cassiano Canheti, 30 anos, se dedica a games. Na faculdade atuou em projetos de desenvolvimento de jogos. Aos 21 anos, abriu uma pequena empresa, ficou conhecido no mercado e em 2006 foi contratado pela catarinense Hoplon, responsável pelo game Taikodom – de batalhas online. Canheti é o coordenador da equipe de game designers. Segundo ele, para trabalhar na área é necessário ter paixão. Ficar horas jogando não é garantia de sucesso. “O game designer tem de saber por que o jogador se envolve numa disputa, o que o atrai”, diz. “Criatividade é importante.”