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Ao encerrar a trilogia “O Senhor dos Anéis”, em 2003, o diretor neozelandês Peter Jackson tirou de funcionamento uma mina de ouro, que lhe rendeu US$ 3 bilhões em dois anos. Passada quase uma década e com 14 Oscars na estante, o cineasta está de volta com o aguardado “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, primeiro filme de uma nova trilogia adaptada dos livros do mesmo J.R.R.Tolkien. A superprodução, que estreia na sexta-feira 14, se passa 60 anos antes de “O Senhor dos Anéis”. Ou seja: conta como tudo começou na chamada Terra Média, lugar imaginário onde os seres humanos convivem com elfos, anões e animais fantásticos. Se pelo enredo a aventura reconquista a legião de fãs da série, pelo lado inovador promete aumentar ainda mais esse contingente: os longas foram rodados em 48 quadros por segundo no lugar dos tradicionais 24. É a primeira vez que um grande filme é feito dessa maneira, e isso significa que as imagens serão mais belas e realistas, aproximando-se da forma como o olho humano vê o mundo.

Baseado no livro homônimo, “O Hobbit” conta como Bilbo Bolseiro (Martin Freeman), tio de Frodo, protagonista da antiga saga, toma posse do precioso anel de Gollum (Andy Serkis) durante uma missão para retomar o reino dos anões. Por tratar-se de um preâmbulo de “O Senhor dos Anéis”, a produção manteve a mesma linguagem e os mesmos elementos do universo mitológico anterior. Algumas peças do cenário foram reaproveitadas. “Não são mundos separados, apesar de eles terem personagens novos. São basicamente seis filmes”, diz Sirkis. A revolução tecnológica, no entanto, será a principal marca da nova trilogia. “Peter Jackson sempre alia uma boa história com inovação. Rodar em 48 quadros permite que o espectador perceba mais detalhes e sinta a história de forma mais impactante”, diz Marcelo Taranto, cineasta e professor do curso de Cinema da PUC-Rio.

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NOVO HERÓI
Martin Freeman como Bilbo Bolseiro em "O Hobbit": protagonista
da aventura desdobrada em três longas-metragens

Mesmo com esses trunfos, o caminho até a estreia não foi fácil. O início das filmagens, por exemplo, foi retardado em um ano devido à desistência do diretor Guillermo del Toro. Pouco antes de estrear, os herdeiros de Tolkien entraram com um processo no valor de US$ 80 milhões contra a Warner Bros: alegaram que o estúdio está comercializando jogos eletrônicos que não estavam previstos no contrato. Além disso, ambientalistas denunciaram que 27 animais foram mortos nas filmagens. Como sempre acontece com blockbusters, são contratempos que terminam por promover ainda mais o filme.

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Fotos: Divulgação