Assista ao vídeo e saiba como é possível malhar enquanto aprende as técnicas dos grandes lutadores:

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SUOR
Acima, Taís treina com seu professor: musculatura fortalecida em três
meses de treino. Ariana já eliminou 15 dos 30 quilos que engordou na gestação

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A advogada Taís Pagnocca Chamadoiro, 28 anos, sempre gostou de dançar. Aos 3 anos de idade, já era levada pela mãe às aulas de balé. De lá para cá, aprendeu um pouco de jazz, ginástica rítmica e até dança de rua. Nos últimos três meses, porém, trocou os passos harmoniosos dessas modalidades por movimentos de luta. “Comecei a assistir aos campeonatos na televisão e quando soube que a academia iria oferecer aulas, fiquei curiosa”, diz, sobre o MMA, ou Mixed Martial Arts (artes marciais mistas), esporte que pratica desde agosto. Taís é uma das muitas mulheres que começaram na luta motivadas pelo recente sucesso dos campeonatos e, principalmente, pela descoberta de um tipo de treinamento com incomparáveis benefícios físicos. “Já sinto que minha musculatura está mais fortalecida e meu condicionamento melhorous muito”, afirma.

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Um misto de movimentos de várias lutas, como jiu-jítsu e boxe, o MMA trabalha todos os grupos musculares e as aulas garantem ganho de força e de agilidade. Em uma hora de treino, podem-se perder até 800 calorias. “É atrás desses benefícios que as alunas chegam. Elas raramente estão interessadas em se tornar lutadoras”, diz o professor Mauro Xuxa, da Body Tech. Guiadas por esses interesses, as academias modificam os planos de aulas para as mulheres – são retirados alguns movimentos de queda, por exemplo. A ideia é treinar os golpes, mas sem muito contato físico. “Os homens, em geral, querem um treino mais próximo da realidade de uma luta, mas as mulheres preferem evitar o embate no solo, que implica efeitos colaterais, como joelhos ralados”, diz o professor. Em suas aulas, cerca de 80% do público é feminino. Nem todas, porém, fogem do corpo a corpo. Ariana Pinto, 37 anos, já foi campeã paulista de judô e de jiu-jitsu, mas abandonou tudo para engravidar e cuidar da filha. Depois de cerca de cinco anos, voltou a praticar luta, dessa vez MMA, mas agora sem a intenção de competir. “Quero melhorar minha qualidade de vida, definir meu corpo e acabar de perder o peso que ganhei durante a gravidez”, diz Ariana, que engordou 30 quilos e já emagreceu 15 praticando MMA três vezes por semana. O aumento da procura feminina pela modalidade movimenta também o mercado de produtos esportivos. Fábio Módolo, CEO da loja de artigos esportivos Kanui, diz que nos últimos quatro meses a venda de equipamentos de MMA para mulheres, como luvas e protetores de canela, mais do que dobrou. “A participação delas era em torno de 10% na compra desse tipo de produto, hoje já ultrapassa 30%”, diz.

Fotos: Rogério Cassimiro e João Castellano/Ag.Istoé


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