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SEGURANÇA?
Ninguém está 100% protegido, pois os vírus criados atingem
aparelhos com Android e os que usam o iOS, da Apple

Até pouco tempo atrás, a única maneira de surrupiar os dados do seu celular era por meio do furto ou roubo do aparelho. De uns tempos para cá, surgiu um tipo de larápio que não precisa do telefone para se apossar dos dados que estão nele. Basta apenas um computador com conexão. Com isso, aproveita a quase total falta de segurança do aparelho para aumentar em quase 200% o número de ataques aos aparelhos e saldos bancários alheios.

“O crescimento do uso de internet banking no celular e a popularização dos smartphones chamou a atenção de golpistas”, diz Mariano Sumrell, diretor da AVG, que desenvolve programas antivírus. Segundo estudo da empresa, o número de programas maliciosos focados em celulares diminuiu no último trimestre, passando de 370 mil para 320 mil. A notícia, no entanto, não é boa. Apesar de menos malwares, a quantidade de ataques cresceu. No primeiro semestre deste ano, 15 milhões de smartphones foram infectados no mundo, alta de 177% em relação a 2011.

Há várias portas de entrada para esses programas. As mais comuns são links enviados por e-mail, mensagens de texto com sugestões de downloads e aplicativos – como jogos – que escondem softwares golpistas. Em agosto, um desses vírus, batizado de “Trojan!SMSZombie”, infectou mais de 500 mil celulares com sistema operacional Android na China. De acordo com a empresa de segurança TrustGo, o programa podia realizar transferências bancárias indevidas por meio de um sistema de pagamento via SMS.

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“Hoje todos tiram a informação de um ambiente seguro, de computadores equipados com firewalls e antivírus, e levam para um aparelho que não tem segurança nenhuma”, diz Denny Roger, gerente de riscos de TI da Ernst & Young Terco. Ele mesmo já foi vítima desses vírus. “Meu filho baixou jogos infectados em meu celular sem que eu percebesse”, lembra. O programa não chegou a roubar dados, mas deixou o aparelho muito lento e diminuiu a duração da bateria.

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Os celulares mais vulneráveis são os que utilizam o sistema Android, do Google, presente na maioria dos smart- phones. Com o controle menos rígido da gigante de buscas, fica mais fácil esconder softwares maliciosos nos aplicativos. Isso não significa, no entanto, que outros sistemas – como o iOS, presente no iPhone, da Apple – estejam imunes. Aplicativos da App Store já tiveram que ser removidos às pressas por conterem vírus. Apesar da concentração tecnológica e financeira nos EUA, o Brasil está na mira dos gatunos. Segundo pesquisa da companhia americana de segurança virtual RSA, em setembro, o País foi o quarto maior alvo de golpistas.


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