Danni: sonho em gravar um disco com músicas próprias

Seu porte de louraça satanás, algo assim como uma mistura tropicalizada de Sharon Stone com boca de Angelina Jolie, não ficou conhecido do grande público na ocasião do lançamento de seu primeiro álbum em 2003. Afinal, nem seu nome constava na capa do CD Rock’n’road, que vendeu 80 mil cópias. Agora, em Rock’n’road again a carioca Danni Carlos, 28 anos, surge com rosto, corpo e o timbre sexy, moldado para interpretar sucessos em inglês do pop-rock no formato acústico. Escolhida pela gravadora BMG para ser a voz de mais um disco trazendo canções de apelo infalível, nem a empresa, nem a cantora imaginava a boa repercussão do disco. Tanto que Danni concordou em aparecer apenas nos créditos internos da capa. “Sou compositora e meu verdadeiro objetivo é lançar meu trabalho em português.”

Até o momento, o esforço foi compensado. Como ela também compõe em inglês, incluiu neste segundo CD uma faixa de sua autoria, a romântica Just don’t cujo refrão melódico se assemelha bastante às músicas que Danni, músicos e executivos vêm selecionando. Boa parte do sucesso do primeiro disco, aliás, deve-se ao repertório. Neste, não é muito diferente. Cercada pelo mesmo time azeitado de músicos, Danni faz sua leitura acústica, com toda a suavidade feminina, de canções que se pensava exclusivas nas vozes de seus intérpretes originais. Basta ouvir o ícone Like a prayer, de Madonna, ou Sowing the seeds of love, que – perdoem os fãs do duo Tears for Fears – ficou bem melhor devido à levada pop-jazz da abertura, à troca dos teclados pelos violões e à interpretação mais aquecida. Danni Carlos, na verdade, sonha com um disco gravado só em português, trazendo composições próprias de igual acento rock e pop romântico. Difícil será escolher entre as 250 canções que ela um dia espera mostrar em momento totalmente autoral.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias