Sem-Título-1.jpg

O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, registrou seu voto no fim da manhã deste domingo no Colégio Santa Cruz, no bairro Alto de Pinheiros, zona oeste da capital paulista. Serra saiu de sua casa, localizada no mesmo bairro, por volta das 11h da manhã e votou acompanhado de uma comitiva que incluía, entre outros, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital, Gilberto Kassab (PSD).

Apesar de as pesquisas mostrarem empate técnico com Fernando Haddad (PT) e Celso Russomanno (PRB), Serra se mostrou confiante, mas disse que não está "totalmente tranquilo". "Hoje não é dia de candidato falar. Hoje quem fala é o povo, que vai decidir o destino da cidade", disse ele. "Estou confiante mas não totalmente tranquilo porque quem decide é o povo."
O candidato também prometeu apresentar propostas para transformar São Paulo em uma cidade mais "acolhedora" caso passe para a próxima etapa nas eleições. "Se eu for para o segundo turno, nós vamos fazer uma campanha a favor de São Paulo, que contribua com propostas para o presente e para o futuro. Um futuro para uma cidade mais leve, mais acolhedora, e com uma visão global da cidade", disse.

Após passar cerca de um minuto na cabina de votação, o candidato cumprimentou mesários da seção e seguiu com Alckmin para o colégio eleitoral do governador.

Russomanno

A proposta da tarifa proporcional de ônibus de Celso Russomanno (PRB), que virou o principal ponto de ataque do adversário Fernando Haddad (PT), pode ser revista, afirmou neste domingo o líder do comitê político do candidato, o deputado estadual Campos Machado. Além de propostas, o presidente estadual do PTBafirmou que a equipe também vai sofrer mudanças para a próxima fase da eleição- ele não cogita a possibilidade de seu candidato não ir ao segundo turno.

Nas últimas semanas, a ideia de Russomanno de reduzir a tarifa para quem percorrer menores trechos de coletivo foi massacrada pelo petista. Na televisão, no rádio e até por meio de visitas de cabos eleitorais, Haddad afirmou que a medida era ruim, que ia contra a proposta do Bilhete Único e que os moradores das periferias pagariam mais para andar de ônibus.

Apesar de Russomanno negar com veemência as críticas, análises da campanha mostraram que elas "colaram", e que foram responsáveis por parte da queda dele nas pesquisas de intenção de voto.

"Ele pode rever algumas propostas, conforme vá andando na rua. Até a questão da passagem pode ser revista. Foi mal absorvida, mas também foi mal explicada", afirmou Machado no Colégio Santo Américo, onde votou Russomanno. "É bem possível que haja uma redefinição do plano de governo", acrescentou.
Além disso, Machado admitiu que a equipe sofrerá mudanças para um possível segundo turno. "Vai acrescentar, vem gente nova, tarimbada e com estrutura", cravou. O jornal Folha de S. Paulo afirmou neste domingo que o nome que reforçará o marketing da campanha é Agnelo Pacheco – o que Campos Machado negou, prometendo revelar o escolhido amanhã.

Haddad

O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, participou na manhã deste domingo de um café com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demais dirigentes do partido. Haddad fez um balanço sobre a campanha e se disse confiante que estará no segundo turno. "No início da campanha, apareci em sexto lugar nas pesquisas, e agora estou empatado numericamente na liderança. Isso mostra a força da nossa proposta", comemorou o postulante.

"Estou feliz de chegar ao final da primeira etapa da eleição vendo que a população tem nos acompanhado. Estou confiante para o segundo turno", continuou Haddad, chamando a própria campanha de "propositiva".

O café da manhã contou também com a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, além de deputados estaduais e federais da sigla – Haddad se referiu ao encontro como uma reunião "entre amigos". Ele deve votar às 11h e em seguida vai almoçar em casa. Por volta das 17h, retornará ao hotel Pestana para acompanhar a apuração.

O petista minimizou uma possível influência negativa do julgamento do mensalão nas eleições. "Vocês são testemunhas que durante esses dois meses de campanha nunca fui arguído sobre esse assunto na rua. As pessoas sabem diferenciar as coisas", disse ele.

Na noite do último sábado, Haddad prestigiou um show da banda Titãs ao lado da mulher, Ana Estela.

Soninha e Chalita

Os candidatos à prefeitura de São Paulo Soninha Francine (PPS) e Gabriel Chalita (PMDB) protagonizaram um encontro bem-humorado ao deixarem a PUC-SP, em Perdizes, na zona oeste da cidade, na manhã deste domingo.

O encontro aconteceu quando Soninha dava entrevistas após votar no local. Chalita, que votara anteriormente, foi à PUC-SP acompanhar a votação do vice-presidente da República, Michel Temer. Os candidatos se abraçaram e conversaram brevemente de forma bem-humorada. "Agora vamos ver se eu apareço na TV, estou do lado do Chalita, né?", brincou Soninha.

Durante a entrevista, a candidata do PPS afirmou que pretende acompanhar a apuração dos votos pelo Twitter – rede social em que é muito ativa. "Pretendo acompanhar pelo Twitter, como tenho feito com todas as outras coisas. É um nervosismo imenso, porque ficamos acompanhando nossa votação e a dos candidatos a vereador também", disse.

Sem chances de ir para o segundo turno, segundo as pesquisas, Soninha preferiu não falar sobre qual candidato apoiará na sequência da disputa pela prefeitura da cidade. "Amanhã vai ser um dia tão estranho. Sabe quando você está entrando em campo e te perguntam: ‘E se você não for para final, vai torcer para quem, e você responde que vai jogar?’", disse a candidata. "Estou louca para jogar. Treinei, vesti uniforme, mais não pensei ainda o que vou fazer depois que terminar esse jogo."

Apesar de não ter indicado qual candidatura apoiará no segundo turno, a candidata disse que seu partido tem divergências claras com um dos três candidatos e afinidades mais claras com outro deles. "Mas tomaremos essa decisão depois", disse. Ela não precisou a quais candidatos se referia.

Soninha também disse que esperar terminar o pleito deste ano com uma votação maior do que a obtida em 2008, quando teve 4,19% dos votos válidos. "Se eu não tiver, é por causa desse quadro maluco com três candidatos embolados em primeiro lugar", afirmou.