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Jornada nas estrelas
Com as sondas Voyager, a humanidade enxerga cada vez mais longe e melhor

A viagem já dura 35 anos, e só agora as sondas espaciais Voyager 1 e Voyager 2 estão prestes a realizar um feito histórico na epopeia humana no espaço. Elas estão próximas de sair da heliosfera, espécie de “bolha” formada por ventos solares, e entrar em uma região chamada espaço interestelar. Será a primeira vez que um objeto criado por humanos romperá os confins do Sistema Solar.

O que elas vão encontrar ainda é incerto, mas a missão já ampliou muito nosso conhecimento sobre o Sistema Solar. As sondas foram as primeiras a visitar Urano e Netuno e enviaram imagens de Júpiter e Saturno com uma riqueza de detalhes sem precedentes.

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“Uma das descobertas mais surpreendentes foi a de atividade vulcânica em Io, uma das luas de Júpiter”, diz Ed Stone, cientista-chefe da missão e professor de física do Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA). Até então, nunca tínhamos observado vulcões ativos fora da Terra. “Para mim, a maior conquista foi atravessar a zona chamada de ‘choque de terminação’, porque com isso conseguimos medir a distância até essa área e determinar a extensão do domínio de influência do Sol, a heliosfera”, diz Robert Decker, pesquisador do laboratório de física aplicada da Universidade Johns Hopkins e autor do estudo.

Enquanto aguardam pelas novas descobertas, os cientistas se debruçam sobre as imagens inéditas que as sondas continuam enviando. A comunicação se dá por rádio e demora 17 horas para que um sinal percorra os cerca de 18 bilhões de quilômetros entre as sondas e a Terra. Quase nada, se comparado às três décadas e meia de viagem. 

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