“Me sentia um lixo.” Assim o microempresário Elcio Milczwski se refere aos anos em que trabalhou na Ambev em Curitiba. Ele era obrigado a ver garotas de programa tirarem a roupa, a esfregar óleo bronzeador no corpo delas e a assistir a filmes pornográficos em reuniões de “motivação” da equipe de vendas da qual fazia parte. “Ninguém foi avisado de que isso iria acontecer e, uma vez lá dentro, não podia sair da sala”, revelou. “Eles prometiam um vale-programa para quem atingisse a meta de vendas.” Condenada pelo Tribunal Superior do Trabalho por assédio moral, a companhia terá de pagar uma indenização de R$ 50 mil ao funcionário. Em nota a Ambev declarou: “Casos antigos e pontuais não refletem o dia a dia da empresa.”