Rio de Janeiro e São Paulo viveram em luto na semana passada por causa da violência de traficantes e policiais. Houve, no entanto, uma marcante diferença na reação dos governos dos dois Estados. No Rio a resposta das autoridades se deu rapidamente: na terça-feira 11 cerca de 300 policiais militares do Bope ocuparam a Favela da Chatuba. Foi nessa favela que, 48 horas antes, pelo menos oito jovens foram assassinados por traficantes. Enquanto parentes das vítimas choravam nos velórios (foto), a polícia prendeu cinco dos assassinos. Em São Paulo, numa operação na cidade de Várzea Paulista, a PM invadiu uma chácara na qual estaria acontecendo um “tribunal do crime”: marginais julgavam se um homem, acusado de violar sexualmente uma adolescente, deveria morrer. Nove bandidos foram mortos pela polícia e quatro presos. A ação da polícia, ainda sob investigação, foi legitimada pelo governador Geraldo Alckmin, que se limitou a declarar: “Quem não reagiu está vivo.”