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Sassoon: explicações para o charme pop da tela

Pintado há cerca de 500 anos por Leonardo da Vinci, o quadro Mona Lisa ultrapassou as fronteiras da alta cultura, sendo apropriado pela arte popular. Seja pelo sorriso enigmático, pelo uso de técnicas revolucionárias, seja até pelo suspense sobre quem foi de fato a modelo, a tela continua a suscitar o debate, como prova a leitura de Mona Lisa, a história da pintura mais famosa do mundo (Record, 364 págs., R$ 62,90), do historiador Donald Sassoon.

Sassoon aponta várias explicações para tanta fama. Uma delas é o sorriso, sobre o qual o pintor Giorgio Vasari fez uma interessante reflexão. “Ele (Leonardo da Vinci) usou de um expediente engenhoso: enquanto pintava Mona Lisa, ele a entreteve
com cantores, músicos e bufões.” É de Vasari também a pista mais consagrada sobre quem seria a modelo: Lisa Gherardini, de uma família de classe média de Florença. Entre as versões chegou-se a cogitar que Mona Lisa fosse um travesti.
O quadro inaugurou inovações pictóricas por ter sido feito com tinta a óleo em madeira de álamo no lugar da têmpera de secagem rápida. A técnica realçou a luminosidade da pequena obra, de apenas 77 x 53 cm, a única a ter um espaço especial no Museu do Louvre, em Paris..