Cérebro

Muito boa a reportagem de capa “A saúde do cérebro” (ISTOÉ 1802). Mesmo com limitações físicas como, por exemplo, o cientista inglês Stephen Hawking, o gênio escreve e descreve maravilhosamente. É muito importante o perfeito funcionamento do cérebro. Penso que se praticarmos exercícios físicos para mantermos o corpo, a leitura, boa curtição, bons papos, isso tudo vai ajudar e muito os circuitos neuronais e, consequentemente, o cérebro terá menor deterioração.
Isaac Soares de Lima
Maceió – AL

Na condição de assinante e parkinsoniano, fiquei decepcionado com o fraco e desatualizado conteúdo relativo ao mal de Parkinson contido na reportagem. O “novo” remédio só é novo no sentido de juntar num só comprimido o levodopa e o tocalpone (ou entacapone), e isto no Brasil, visto que já está sendo comercializado (sob o nome de Stalevo) há um bom tempo na Europa e nos Estados Unidos, onde os resultados já são conhecidos. No Brasil ainda são dois remédios separados. A cirurgia citada, ablativa (palidotomia, talamotomia ou sub-talamotomia), só é utilizada em casos extremos, visto danificar irreversivelmente certas áreas do cérebro. Estão sendo, isto sim, implantados no cérebro eletrodos ligados a um marcapasso cerebral, operação não ablativa, denominada “deep brain stimulation”, que permitirá uma possível futura remoção sem danos neurológicos substanciais, na hipótese de haver terapia futura mais eficaz, como se espera das células-tronco. Por último, o tratamento com vitamina B2 somente surte efeitos em alguns casos de Parkinson, que, por acaso, não é o meu e de grande número de pacientes.
Hugo E. Gutterres
Porto Alegre – RS

ISTOÉ responde: Na reportagem, ISTOÉ abordou os últimos avanços no tratamento do mal de Parkinson. Um deles é exatamente o remédio citado pelo leitor, ainda não disponível no Brasil. Com relação à cirurgia, o texto informa que a operação é indicada apenas para 1% dos pacientes, além de ressaltar que a indicação da vitamina B12 aos pacientes é controversa.

Guerra na Rocinha

Não é possível que nossas autoridades não enxerguem a guerra declarada que está havendo no Rio de Janeiro, em São Paulo e em outros pontos do Brasil. As proporções da violência estão virando um caso que deveria ser tratado como de segurança nacional. Além do medo, nos causa arrepio observar as cenas bárbaras que são mostradas pela televisão na guerra contra o tráfico na Rocinha, onde nos últimos dias já houve mais de uma dezena de mortos. E as autoridades pouco fazem para nos proteger. “Vazio de poder” (ISTOÉ 1802).
Turíbio Liberatto
S. Caetano do Sul – SP

A população brasileira ficou estarrecida com a homenagem prestada pela população da favela da Rocinha a um traficante de drogas assassinado pela polícia do Rio de Janeiro, por oportunidade do seu sepultamento. Antes disso, qualquer pessoa de bem deste país ficava em pânico quando se iniciava uma incursão da polícia no morro, temendo pela vida de inocentes… Agora, já sabemos que na Rocinha quem não é traficante é conivente com essa prática abominável de crime, que destrói milhares de famílias do País. Esperamos que a polícia do Rio de Janeiro continue agindo com o rigor dos últimos dias, para que o crime organizado não continue triunfando.
José César Ferreira Rebouças
Brasília – DF

Não consigo concordar com o ministro Márcio Thomaz Bastos quando ele diz que não enviará tropas do Exército para realizar a segurança dos cariocas. Pelo que me parece, o ministro vai esperar o pior para depois agir. Não vejo problemas maléficos para a União com o uso das tropas. Pelo contrário, seria apenas para mostrar aos traficantes e criminosos que a União está presente e atuando contra o crime organizado. Essa atitude de espalhar soldados pela cidade daria uma enorme segurança à população carioca.
Jefferson Garcia Nachard
Niterói – RJ

Acho que ninguém pensa que o senhor Garotinho é covarde, apenas ausente. Ele e a governadora Rosinha sumiram durante a guerra da Rocinha. Nem para fingir que estavam ao lado do povo. Segundo dizem, eles descansavam em Angra dos Reis. Estiveram ausentes de corpo e alma durante o conflito. Quando reapareceram, as declarações da governadora Rosinha Garotinho não trouxeram nada de novo sobre a falta de segurança no Rio. O velho jogo de empurra, que embora às vezes esteja correto, não adianta nada ser repetido. Enquanto isso, em outra entrevista, Garotinho destilou uma ironia de folhetim, digna de um filme de terror surrealista. O carioca não riu, tremeu. A grande verdade é que mesmo em momentos trágicos como esses os políticos continuam pensando somente nos efeitos que os acontecimentos poderão provocar nas suas próximas campanhas políticas. “Não sou covarde” (ISTOÉ 1802).
Wilson Gordon Parker
Nova Friburgo – RJ

Seria correto, diante da realidade da Rocinha, pensar que as Forças Armadas não são e não estão preparadas para ser usadas nessa situação de crimes, calamidade pública, destruição da educação e da vida comunitária?
José de Jesus Moraes Rêgo
Brasília – DF

País do futuro

Na entrevista que concedeu a ISTOÉ, o sociólogo George Zarur apresentou fundamentação, coerência e uma sintonia e agilidade que a produção científica precisa ter. Parabéns! Rediscutir o que é o Brasil necessariamente nos remete a passar o presente a limpo. Afinal, é no presente que lançamos as estratégias para alcançar as metas futuras. Mais do que nos importarmos em ser o país do futuro, é preciso que sejamos uma nação que possibilite um futuro justo e digno aos trabalhadores, crianças, idosos… enfim, a toda a população brasileira. “Cadê o país do futuro?” (ISTOÉ 1802).
Osny Martins
Joinville – SC

Caçada

É irritante ver países ditos desenvolvidos tendo atitudes de bestialidades contra animais. O Canadá é um pais de respeito e de grande influência no cenário mundial; deveria aproveitar isso para promover projetos em defesa do meio ambiente equilibrado. Infelizmente, nós como brasileiros também não podemos ficar criticando os canadenses, pois nosso país também promove suas matanças no Pantanal e na Amazônia. “Caçada cruel” (ISTOÉ 1802).
Waldemir Soares Jr.
São Carlos – SP

Soberania

Em relação à reportagem da revista ISTOÉ abordando a questão da ameaça à soberania brasileira, tenho primeiro de tudo de demonstrar o meu orgulho e satisfação com o trabalho da revista, pois ISTOÉ está alinhada com o verdadeiro sentido de patriotismo. É uma revista que está de acordo com o meu conceito de nacionalismo, que não tenho a mínima vergonha de demonstrar ou dizer que possuo. “Soberania ameaçada” (ISTOÉ 1801).
Leonardo Alvez
Salvador – BA

Parabenizo ISTOÉ pela excelente reportagem. Trata-se de um assunto de grande relevância. Porém, somente esta revista ousou trazer a público a questão da nossa soberania de forma tão destacada. As demais, quando tratam do assunto, o fazem apenas para ridicularizá-lo, procurando desqualificá-lo, apresentando-o como uma questão anacrônica, quando na verdade a questão da soberania nacional ainda está em voga, e o Iraque não nos deixa mentir.
Melquisedec C. do Nascimento
Rio de Janeiro – RJ

Parabéns pela reportagem de capa. Nossa soberania é algo fundamental e às vezes nossas autoridades não dão a atenção devida! Mas o maior absurdo não é a tal ONG manter o símbolo da União Européia. O maior absurdo é esta ONG manter um mapa da Amazônia sem considerá-la parte do Brasil. Será que esse mapa foi retirado de lá? E essa ONG ainda se diz séria?
Bruno Gattás Hallak
Belo Horizonte – MG

Gostaria de alertar que a soberania não se conquista apenas com palavras, mas com políticas de defesa e armas suficientemente capazes, em qualidade e quantidade de dissuadir qualquer um que esteja de olho em nossas riquezas. Da maneira que estamos, apenas um porta-aviões nuclear americano poderia nos pôr de joelhos, ameaçando atacar pontos nevrálgicos do País. Portanto, programas como o FX da “Força” Aérea e o submarino nuclear da Marinha são básicos, contudo insuficientes.
Wladimir Batiston
Pedreira – SP

Se o dono da casa permite a invasão, os invasores se fazem donos. E é isso que está acontecendo na Amazônia. Os estrangeiros entram, conquistam a população indígena, roubam todas as preciosas informações e ainda se acham no direito de esnobar o “bondoso” anfitrião que é o Brasil. Toda essa situação é vergonhosa.
Valeska Lorena
Montes Claros – MG

Esse assunto já é falado de longa data e nunca foi abordado abertamente. O que falta aí é a participação do Congresso Nacional, criando leis que dêem mais autoridade aos militares que atuam nas fronteiras para, por exemplo, abater aviões que invadem o nosso espaço aéreo trazendo armas e drogas.
Roberto Chaves
Florianópolis – SC

Em plena Amazônia, inúmeras ONGs, na sua maioria estrangeiras, estão implantandas ali, chegando uma delas ao absurdo de colocar o símbolo da Comunidade Européia à sua entrada, e não a bandeira do Brasil, em total desrespeito à soberania brasileira.
Gilvan David
Goiânia – GO

Iraque

Mais uma vez, de maneira fabulosa, o correspondente internacional Osmar Freitas Jr., de ISTOÉ, nos presenteia com uma matéria atual e realista. Através de um relato cruel que vem se intensificando de maneira absurda, os abusos no Iraque se dão por uma total falta de controle. Os xiitas, que são maioria, buscam o poder, e não pode ser esquecido que sua principal característica é o radicalismo. Não se legitimam tantos atos violentos, porém se justificam tais reações como uma repulsa à ocupação americana e de outras nações européias em seu território. A sociedade iraquiana necessita ter de volta sua soberania. Fica difícil acreditar que é possível algum dia uma convivência pacífica entre povos que vivem com tanto ódio, frustração e falta de respeito com a própria vida. É hora de organismos internacionais mostrarem por que foram criados e tentar recomeçar a reconstrução do Iraque, mudando os atores internacionais. “A intifada mesopotâmica” (ISTOÉ 1801).
Jane Santos Farinazzo
Salvador – BA

Santa Catarina

A propósito da reportagem “Ações impopulares” (ISTOÉ 1794), quero informar a decisão nº 0444/2004, do Pleno do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, quanto ao processo de “doação” de recursos públicos à empresa Marcegaglia. Apensamente, estou remetendo cópia do parecer exarado em sessão do TCE de 29/3/2004, em que ficou ressalvado que a concessão de recursos financeiros à empresa, por intermédio do Fadesc, tinha por fundamento o que dispõe a alínea “b” do inciso II do artigo 6º da Lei nº 11.345, de 17 de janeiro de 2000, com redação dada pela Lei nº 11.649, de 28 de dezembro de 2000. Evidentemente que a decisão determinou a verificação se os recursos destinados à empresa foram efetivamente aplicados dentro do contexto do contrato nº 036/2001 – Prodec. Desejo ressaltar que a empresa Marcegaglia não só implantou sua planta industrial como já a está duplicando. Confirma, portanto, a decisão do TCE as minhas palavras ditas sobre o assunto: a “doação” estava amparada em lei.
Antônio Carlos Vieira
Florianópolis – SC

Correção

Diferentemente do que foi publicado na seção Gente de ISTOÉ 1800, o cantor Zeca Pagodinho não visitou o terreiro de Mãe Carmem, no Gantois, em Salvador, e nunca deixou nenhuma contribuição para o mesmo.