O cliente pede a conta em um restaurante. O garçom chega trazendo nas mãos uma pequena engenhoca com o valor da despesa registrado. O cliente aponta o seu relógio digital para essa maquininha, aperta um botão e o pagamento é efetuado. Acredite: objetos pessoais estão substituindo o cartão magnético nas transações eletrônicas. E isso não é ficção, já é realidade. Em Hong Kong, um número cada vez maior de pessoas está acoplando esses chips bancários especiais em relógios, celulares e chaveiros. Na China, os crachás estão sendo paulatinamente abolidos, e para liberar as catracas de acesso a repartições públicas as pessoas simplesmente apertam uma tecla do celular ou do chaveiro. E também usam esse mecanismo para pagar ônibus e trens, máquinas de xerox e, mais freqüentemente ainda, para comprar um Big Mac.

O novo sistema funciona em celulares, relógios ou chaveiros através de um botão programado. Toda vez que esse comando é acionado, o chip com informações, instalado dentro desses objetos, envia sinais codificados. Voltando ao caso do freguês e do garçom, só como exemplo, esse garçom terá em mãos uma pequena engenhoca que receberá os sinais – máquina similar à que conhecemos na forma tradicional de “passar o cartão” para débito ou crédito. Essa maquininha transmite esses sinais aos bancos e o pagamento se realiza.

Também na Alemanha, os moradores da pacata cidade de Rheinberg fazem suas compras em supermercado sem passar pelo caixa. Chips embutidos em seus pertences “conversam” com a máquina de identificação de cada estabelecimento comercial. Nas prateleiras, os produtos possuem uma etiqueta que envia sinais para um visor no carrinho de compras dando o preço das mercadorias – e garrafas de vinho chegam à sofisticação de “sugerir” os pratos que combinam com seu buquê.

Na hora de pagar a conta, é só passar por um terminal que “dialoga” com os produtos e o valor da compra aparece no visor. Basta dar um comando de celular ou de qualquer outro objeto programado e o débito é feito da conta corrente ou do cartão de crédito do comprador. No Brasil, condomínios de luxo e algumas empresas já instalaram chips nos carros de seus moradores, e eles são identificados quando se aproximam das cancelas, que se abrem automaticamente. “Mais uma vez, é o futuro que já está chegando”, diz Regiane Romano, diretora da Vip-Systems, uma das empresas do setor.

Agradecimento ao restaurante La Forchetta pelo espaço cedido para a foto

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