A maior mostra de decoração do País, a Casa Cor, completa duas décadas de existência com o vigor dos iniciantes. As atuais e, sobretudo, as futuras tendências de morar bem estão espalhadas pelo antigo ambulatório do Jockey Club de São Paulo, transformado por arquitetos e decoradores em 63 ambientes marcados pelas propostas instigantes. Ausente da última edição, João Armentano apresenta o projeto mais audacioso, uma solução para os imóveis de pouco espaço. Armentano criou um móvel de seis metros quadrados para atender às necessidades de quem mora em áreas reduzidas. Cozinha, banheiro, sala de jantar e quarto estão embutidos nas laterais do grande móvel. Fechada, a peça, executada pela Ornare, transforma-se em uma grande caixa. “Fiz para cutucar, mostrar que a vida pode ser melhor se a gente simplificar a casa”, explica ele. O preço dos novos produtos ainda não foi definido.

Entre tantas novidades, é impossível passar indiferente pelos objetos lúdicos espalhados pela casa, como uma poltrona em formato de luva de boxe. Olegário
de Sá e Gilberto Cioni colocaram o chaise-longue como destaque no quarto inspirado em um jovem executivo que tem o pugilismo como hobby. O canto do descanso também chama atenção no espaço assinado pela arquiteta Bya Barros.
As grandes vedetes da sala de tevê projetada por ela são as poltronas concebidas pelos designers Kiko Jordão e Alessandro Sobrino a partir da estrutura do capô de um Fusca. Outro exemplo da combinação de charme e funcionalidade é a sala de jantar de Dado Castello Branco. A estufa elétrica italiana Smeg permite que o morador mantenha os temperos sempre frescos e aromáticos ao lado do fogão.
Se os adultos ganharam novos brinquedos, às crianças foi reservada uma carga
de engajamento. No quarto infantil, a arquiteta Marília de Campos Veiga colocou
um tapete com trechos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Bonito
– e politicamente correto.