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Quarto colocado em Atenas 2004, Diogo Silva teve uma nova oportunidade para disputar uma medalha olímpica, já que em Pequim, há quatro anos, o atleta não esteve na China com a delegação do País. Nesta quinta-feira, o brasileiro alcançou a semifinal e encarou o iraniano Mohammad Bagheri Motamed, que eliminou o afegão Rohullah Nikpah, bronze em Pequim. Contudo, o paulista não resistiu e sucumbiu no desempate (45 a 17), após igualdade por 5 a 5, dando adeus ao ouro e indo disputar agora o terceiro lugar com o britânico Martin Stamper.

O primeiro round foi equilibrado, mas o brasileiro sofreu uma queda que por pouco não lhe rendeu uma lesão. Após se recuperar, Diogo seguiu com o combate, que permanecia amarrado. A etapa inicial terminou com empate por 0 a 0, com ambos os atletas se estudando bastante e sem conseguir encaixar golpes certeiros.

A segunda etapa contou com vantagem do iraniano, que contou com dois vacilos do brasileiro e recebeu dois pontos da arbitragem. Motamed demonstrava mais tranquilidade, e sabia administrar a diferença obtida ao longo do round. Assim, ganhou por 2 a 0 e foi à parcial final precisando apenas controlar a luta.
 
O iraniano ampliou a vantagem no início do terceiro round, mas Diogo Silva rapidamente devolveu o golpe. Mas, advertido, foi obrigado a manter a cautela e demonstrava não estar em suas melhores condições físicas, graças ao pé esquerdo machucado no início do combate.
O direito também sentiu no fim, o brasileiro sofreu mais advertências e, quando encaminhava para uma derrota por 5 a 1, acertou um chute espetacular na cabeça do rival que empatou o duelo a seis segundos do fim. Mas, no golden score, a igualdade seguiu e, no desempate, Diogo perdeu por 45 a 17.
 
Duelos pela manhã
 
O semblante tranquilo e focado de Diogo Silva refletiram a postura do brasileiro no combate da manhã desta quinta, contra o jordaniano Mohammad Abulibdeh. O atleta sul-americano venceu por 7 a 5 e garantiu passagem para a semifinal do torneio válido pela categoria até 68 kg e disputado na Olimpíada de Londres.
 
Mesmo depois de sofrer 1 a 0 do atleta adversário e receber um golpe nas partes íntimas (que valeu uma punição ao jordaniano), o brasileiro assumiu o controle do combate e começou a pontuar, investindo em contra-ataques. O representante nacional conseguiu abrir 5 a 1 e tranquilizar o combate durante o último round.
 
A grande vantagem, contudo, diminuiu rapidamente. O jordaniano, segundo a arbitragem, atingiu Diogo Silva com um chute alto, atingindo o competidor nacional na cabeça. Tal ação rendeu três pontos ao atleta, que diminuiu abruptamente a diferença no marcador nos últimos segundos do duelo pelas quartas de final. Com pouco tempo, o jordaniano buscou uma blitz que revertesse o marcador contra o brasileiro. Bem focado e tranquilo no combate, apesar da pressão final, Diogo Silva respondeu com eficientes contra-ataques e obteve a vitória por 7 a 5.
 
"Vou entrar muito forte, já é disputa de medalha, mas vou manter a mesma disciplina e paciência de todas as lutas", garantiu Diogo Silva, que não se mostrou incomodado com a polêmica decisão do árbitro de assinalar o chute alto do jordaniano. "Não me preocupo com isso, independente do placar, vou lutar contra o árbitro, contra torcida, contra os atletas. Hoje luto com qualquer um", discursou o confiante atleta.
 
Poliana Okimoto abandonou maratona aquática com hipotermia 
 
Após abandonar a prova da maratona aquática dos Jogos Olímpicos de Londres com hipotermia, a brasileira Poliana Okimoto já passa bem. De acordo com o chefe da delegação brasileira Igor Souza, foi recomendado repouso absoluto à atleta. Porém, o dirigente afirmou que o psicológico da brasileira está bastante abalado e que Poliana só quer "se esconder e ir embora".
 
"Imagine só. Se eu quando vi já quis enfiar minha cabeça no buraco, imagine ela. Ela chorou bastante, está muito chateada. Ela só quer se esconder, ir embora. Mas é o tipo de coisa que acontece. Nunca havia acontecido com ela, mas já aconteceu com outras nadadoras", afirmou Souza.
 
No fim da quarta volta dos 10 km da maratona, disputada no Hyde Park de Londres, Poliana sentiu-se mal e pediu para sair da competição. Um barco de apoio retirou a brasileira da água e a atleta quase desmaiou. Já em terra firme, Poliana foi retirada de maca, colocada em uma cadeira de rodas e levada ao centro médico onde recebeu oxigênio.
 
Cerca de uma hora depois a brasileira deixou o Hyde Park sem dar entrevista. Logo após o incidente, membros do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ligaram para os familiares de Poliana para que ficassem tranquilos, já que a atleta passa bem e deve apenas repousar nos próximos dias.
 
Apesar do problema durante a Olimpíada, Igor Souza afirmou que está confiante para o futuro de Poliana. "Foram quatro anos de preparo e foi a melhor estrutura que ela recebeu. Ela pode ser campeã do mundo no ano que vem, mas essa Olimpíada passou", minimizou.

 
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