Daniel Eustáquio de Oliveira é, como ele próprio diz, um “simples eletricista” que trabalha na prefeitura da cidade de Vargem Grande Paulista. Ele trazia a convicção de que seu filho César Dias, 20 anos, nunca fora bandido. Munido desses princípios, ele investigou por conta própria, e absolutamente solitário, a morte de César ocorrida no começo do mês passado: segundo os policiais militares que o crivaram com cinco balas, tinha havido “resistência seguida de morte”. Oliveira peregrinou pelo pobre bairro paulistano de Vila Dalva, ouviu testemunhas, associou fatos e desmontou o inquérito que tentava sustentar a mentira dos PMs – eles diziam que o jovem atirara primeiro. Na semana passada os cinco policiais foram presos. O certo é certo, o errado é errado, e Oliveira sabia em qual categoria estava seu filho e em qual se enquadram os PMs que ele, sem nenhuma arma nas mãos, mandou para a cadeia.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias