Após três anos de céu de brigadeiro, o mercado financeiro nacional sofreu um forte solavanco no
mês passado. Em ritmo de montanha-russa, as
ações negociadas na Bovespa e o dólar subiam
num dia e caíam no outro, provocando grandes
perdas em muitos fundos de investimento. Em
apenas duas semanas, de 9 a 24 de maio, os
fundos de ações despencaram 14,3%. Segundo
o site financeiro Fortuna, nesse período o prejuízo das aplicações em fundos de investimentos chegou a R$ 5 bilhões, equivalentes a 0,7% do patrimônio líquido total, de R$ 720 bilhões. A boa notícia é que, ao contrário da crise de 2002, desta vez a perda não atingiu os fundos mais conservadores, como os DI. “Só os agressivos perderam. Nesse tipo de fundo, isso faz parte do jogo”, diz o economista Marcelo D’Agosto, do site Fortuna. A questão em aberto é se a turbulência atual vai inverter as tendências anteriores de alta da Bolsa e de queda do dólar e dos juros. Na terça-feira 30, o nervosismo voltou a falar mais alto: o Ibovespa despencou 4,54% e o dólar subiu 2,96%, para R$ 2,32. Em momentos como esse, o melhor a fazer é manter a serenidade e não movimentar os investimentos atuais – o prejuízo de um dia pode virar lucro no dia seguinte, exceto para o investidor que entrou em pânico e vendeu ativos na baixa. “Não é hora de vender. Os preços das ações estão baixos e quem se precipitar perderá um retorno interessante com uma eventual recuperação dos mercados”, diz Aquiles Mosca, estrategista do ABN Asset Management.


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