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REI NA BERLINDA
Pelé e seus entrevistadores: música e descontração 
depois de perguntas embaraçosas

Como nascem os bebês?” “Quantas namoradas você já teve na vida?” “Prefere loira ou morena?” Foi assim, bombardeado de questões às vezes constrangedoras, que Pelé estreou como convidado o novo programa de Marcelo Tas, que vai ao ar pela Band, aos domingos, às 20 horas. Em “Conversa de Gente Grande”, apelidado de “CGG” em homenagem ao outro programa de Tas, o “CQC”, crianças a partir dos 7 anos estão livres para perguntar sobre o que quiserem a entrevistados ilustres.

Se na primeira edição a vítima dos pequenos ávidos por respostas foi Pelé, os próximos episódios terão na poltrona central a apresentadora Sabrina Sato e o cineasta Zé do Caixão. Eles que se preparem: “O grau de imprevisibilidade é total”, diz Tas, experiente em programas com crianças desde a década de 1980 quando encarnava o Professor Tibúrcio em “Rá Tim Bum”. Hoje ele apresenta também o “Plantão do Tas” na emissora a cabo Cartoon Network. “A grande diferença é que esses programas tinham tudo roteirizado. Agora eu não tenho controle de nada, tenho de trabalhar com a espontaneidade”, diz. O resultado disso é um programa não apenas infantil, mas, sim, para todas as idades, já que espontâneas também são as reações dos entrevistados. Pelé, por exemplo, teve de dar uma paradinha para responder sobre óvulos e espermatozoides.

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COMANDO INFANTIL
No ar diariamente a partir das 17h20 na TV Cultura, “Cartãozinho Verde” segue o
mesmo método do “CGG” para falar sobre futebol. O programa comandado pela
apresentadora Cristina Mutarelli foge do lugar-comum das mesas-redondas ao expor
a opinião sem amarras – mas com conteúdo – de seus comentaristas crianças.

Desenvolvido pelo próprio apresentador em parceria com a produtora Eyeworks, empresa holandesa que possui os direitos da argentina Cuatro Cabezas, o “CGG” foi comparado ao “Agrandadytos”, de proposta parecida. “Buscamos no mercado programas semelhantes para adquirir os direitos de usar determinados quadros”, diz Tas. A seleção das crianças passa por duas etapas: um teste com elas e outro, em separado, com os pais, “para conhecermos a todos”. Experiência em televisão, nesse caso, é ponto negativo: “Não somos um show de talentos como o de Raul Gil ou o do Silvio Santos. Procuramos quem tenha um olhar curioso sobre o mundo.”