O líder que só comia depois que suas refeições fossem provadas e jamais dormia na mesma cama pode ter sido envenenado. Essa é tese do Institut de Radiophysique, na Suíça, que identificou importantes quantidades de polônio-210, substância altamente radioativa, nas roupas e nos objetos de Yasser Arafat, ex-presidente da Organização para a Libertação da Palestina, morto em 2004 em circunstâncias ainda misteriosas. O estudo, produzido por iniciativa da televisão Al Jazeera e da viúva de Arafat, Suha, dá fôlego às acusações de que Israel teria articulado seu envenenamento por meio de substâncias tóxicas. O corpo deverá ser exumado nos próximos dias. A ONU instaurará um comitê internacional para investigar o caso.