Quarenta e cinco anos se passaram e mais de 3.600 vidas se perderam até que a cena reproduzida na foto se concretizasse na semana passada no Teatro Lírico de Belfast: a rainha Elizabeth II, representante do poder protestante e monárquico britânico, cumprimentou o católico Martin McGuinness, ex-líder do Exército Republicano Irlandês (IRA) e vice-primeiro-ministro da Irlanda do Norte. O sorriso da rainha, embora protocolar, deu uma dose de naturalidade ao acontecimento que tinha tudo para ser constrangedor: até 1998, quando depôs as armas após três décadas de conflito, o IRA foi responsável por uma infinidade de atentados reivindicando a soberania da Irlanda do Norte. De 1998 para cá a relação entre as partes era de respeito, mas não de pleno entendimento até que se chegasse ao aperto de mãos da quarta-feira 27.
 


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias