Assista ao trailer :

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O Homem-Aranha rejuvenesceu. A sua nova aventura, no entanto, não é um “prequel” (ou preâmbulo), como se tornou moda entre
as franquias mais bem-sucedidas de Hollywood. No quarto filme da série, que estreia na sexta-feira 6, “O Espetacular Homem-Aranha”, o que se vê é mais do que uma volta à juventude do super-herói. Trata-se do que os executivos do cinema chamam de “reboot” (atualização das origens do mito), mirando um público inédito. Não que o episódio anterior tenha sido um fracasso. Pelo contrário, faturou US$ 630 milhões e figura entre os maiores sucessos da história.

Mas não agradou aos fãs – e isso é perigoso, já que a caprichosa legião de seguidores é a responsável pela maior fatia de público.
Se existe algo que frustra o aficionado por quadrinhos é a mudança radical da trama. Por isso, o enredo de “O Espetacular Homem-Aranha” não traz novidades. Trata da origem e do desenvolvimento dos superpoderes do estudante Peter Parker (interpretado por Andrew Garfield, em substituição a Tobey Maguire). O que difere – e nesse ponto os fãs da série não vão reclamar – é o foco no cotidiano do adolescente e sua relação com a namorada e os amigos na escola. Além da revelação do misterioso elo que liga suas habilidades “aracnídeas” à trágica morte dos pais.

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TEIA AMOROSA
Peter Parkaer (Andrew Garfield) desafia a lei da gravidade (acima) e testa seu
poder de sedução com Emma Stone(à dir.) produção de US$ 215 milhões

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Para dar cara atual a um velho conto, o diretor Sam Raimi cedeu o posto a Marc Webb, conhecido por contar histórias intimistas. Não à toa, a química entre o casal formado pelo herói e sua primeira namorada, Gwen Stacy (Emma Stone), dá o tom nas duas horas da história. Do lado técnico, chamam a atenção os planos que mostram o Homem-Aranha saltando entre os arranha-céus de Nova York e que permitem ao espectador experi­mentar a sua visão própria do espetáculo – só isso já justificaria o uso do 3D.

As inovações fizeram o orçamento previsto para US$ 80 milhões saltar à casa dos US$ 215 milhões.
Webb baseou-se nas histórias em quadrinhos mais recentes do Homem-Aranha, lançadas a partir de 2000, ao passo que os filmes anteriores miravam a fase setentista do personagem. Uma das poucas heranças deixadas pelo antigo diretor foi o vilão Lagarto (Rhys Ifans). Geneticista amigo do pai de Parker, ele sofre uma mutação ao tentar regenerar o seu braço amputado e se transforma no enorme réptil que inferniza o super-herói, agora enfiado em malhas desenhadas pelo Cirque du Soleil. Melhor iniciação, impossível.

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Colaborou Daniel Rosini