Independentemente do credo que se professe, vale o espiritualizado princípio que diz: “Pense no corpo dos torturados como se fosse o seu próprio corpo.” Na semana passada, veio a público um depoimento inédito que Dilma Rousseff prestou em 2001 à Comissão de Direitos Humanos de Minas Gerais. Nele a presidenta é a própria personificação da frase acima. “As marcas da tortura sou eu, fazem parte de mim”, disse ela, referindo-se à barbárie que sofrera em 1972, quando foi presa pela ditadura militar porque lutava por um Brasil que retornasse ao Estado Democrático de Direito – justamente o Brasil que hoje ela preside. Veio a público ainda uma foto (no detalhe) que a mostra na audiência da Justiça Militar mineira. Já se sabia que Dilma fora torturada em São Paulo e no Rio de Janeiro, agora sabe-se que também em Minas Gerais foi vítima dos porões.