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Filósofos também se apaixonam – e perdidamente, como foi o caso de François Voltaire (1694-1778), que, aos 40 anos, caiu de amores por uma mulher casada, mãe de duas crianças e bem mais jovem que ele. Seu nome era Émilie du Châtelet (1706-1749), uma aristocrata que exerceu tanta influência na vida do grande pensador iluminista a ponto de mudar a sua posição sobre questões políticas e religiosas. Esse fascinante relacionamento é resgatado no livro “Mentes Apaixonadas” (Record), de David Bodanis, historiador da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

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“Desde que o conheci, acredito que
sou uma pessoa dotada de mente”

Émilie du Châtelet

Desde cedo, Émilie destoava das companheiras de salão. Aos 12 anos falava seis línguas e aos 20 dominava matemática e física como poucos homens de seu tempo. Embora a história a tenha relegado ao posto de secretária, ela antecipou em séculos descobertas como a dos raios infravermelhos, da fotografia e da conservação da energia – conceito chave para a teoria da relatividade. O livro se concentra nos anos em que o casal viveu no castelo de Cirey e alternava beijos e afagos com experimentos em torno das teorias do físico Isaac Newton. Com acesso a cartas e documentos inéditos, Bodanis descobriu preciosidades como essa em que o autor de “Cândido” avalia o seu desempenho: “Após tantas noites de sexo, minha máquina está totalmente exaurida.”  

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“Após tantas noites de sexo, minha
máquina está totalmente exaurida”

François Voltaire