PAULO PAIM (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado

ISTOÉ – Como é avaliada, no Exterior, a política de combate à tortura de presos comuns no Brasil?

Paim – Muito mal. Todas as instituições que fazem vistorias no Brasil nos colocam entre os piores do mundo. Nosso maior problema são os presídios. Pior é que tudo leva à antiga discussão sobre a falta de investimentos.

ISTOÉ – Em que pontos o Brasil está mais atrasado?

Paim – Especialmente no monitoramento dos centros de detenção, que deveria ter sido implantado desde 2008.
O mecanismo nunca saiu do papel.

ISTOÉ – O que pode ser feito?

Paim – Há um projeto na Câmara que institui o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Temos de avançar nessa discussão.