A pena de morte, quando executa culpados, é o mais premeditado dos crimes porque é o homicídio com chancela do Estado. Quando executa inocentes é o mais hediondo dos crimes porque é o Estado matando sem a racionalidade de retribuição punitiva que falsamente diz possuir nesse tipo de condenação. Mais uma vez os EUA deve ao Texas a humilhação de pedir perdão ao mundo por ter colocado a agulha da injeção letal na veia de um inocente. O morto chamava-se Carlos DeLuna. Foi executado em 1989 após ter sido condenado pelo assassinato de Wanda Lopez – ele sempre se disse inocente e indicou o verdadeiro culpado: Carlos Hernandez. Na semana passada, o caso foi esclarecido graças ao professor de direito da Universidade de Columbia James Liebman. Por cinco anos ele reconstituiu peça por peça do processo. Provou que o Texas mais uma vez fez correr veneno no sangue de um inocente.


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