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Fazer aulas em boates ou em academias decoradas com
luzes e ao som de DJs vira moda nos Estados Unidos

Nos dias de hoje, conseguir um horário para ir à academia de ginástica em meio aos compromissos é um desafio. Mas vem dos Estados Unidos uma iniciativa que tem tudo para se espalhar mundo afora. Trata-se dos treinos-festa, ou party workouts, aulas realizadas dentro de boates ou nas próprias academias transformadas em opção de lazer noturno, com espelhos, luz negra e DJs. As músicas são cuidadosamente selecionadas pelos instrutores com o objetivo de levar os participantes a suar muito. Para refrescar, depois, champanhe, drinques, vinho e cerveja como recompensa. E a aula, que no esquema normal acabaria com cada um seguindo seu caminho, termina em clima de festa e a rotineira paquera noturna.

Uma das primeiras a oferecer o serviço foi a Soul-Cycle, academia especializada em spinning. “Trouxemos o conceito de tornar o fitness tão eficiente quanto divertido como uma festa”, contou à ISTOÉ a relações-públicas da academia fundada há seis anos, Gaby Cohen, 28 anos. As aulas são oferecidas nas noites de segunda, terça e sexta-feira. Vendidas por pacote, em lotes, Gaby diz que os 60 lugares disponíveis por aula ficam esgotados rapidamente. O público é o mais diverso possível. “Não importa o gênero ou a faixa de idade. Essencial é a pessoa estar interessada em pedalar e se divertir muito ao mesmo tempo”, explicou ela.

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Em Houston, no Texas, a aula Night Club Cardio é a sensação da boate Pravada, onde, todas as terças-feiras das 18h30 às 19h30, o salto alto, a maquiagem e os ternos dão lugar ao tênis, à roupa de ginástica e a muito suor. A música é de boate, mas as regras são diferentes. Dançar livremente é parte da aula, que envolve também exercícios abdominais, de perna e glúteos, entre outros. “Queria ir a uma boate de tênis e roupa de ginástica só para dançar, com o objetivo de suar e queimar calorias. Liguei para uma amiga dona de uma boate e tiramos o projeto do papel”, lembra Jennifer Brugh, 41 anos, que instituiu a atividade por lá. As aulas contam com no mínimo 75 e no máximo 150 alunos – entre os quais alguns brasileiros.

Na academia Uplift, em Manhattan, em Nova York, os alunos têm 45 minutos de intensos exercícios cardiovasculares e de força e o resto da noite para baladas regadas a bebidas alcoólicas ou mesmo a café. As academias costumam cobrar em torno de US$ 35 por aula, um pouco mais caro que o preço mensal pago no treino diurno. A grande adesão mostra que a opção já foi aprovada.