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Como a pequena Mojave, na Califórnia, virou o berço de empresas que
abastecem a crescente indústria de viagens espaciais privadas

No ambiente quente, poeirento e inóspito de um deserto da Califórnia (EUA), está instalado um verdadeiro parque de diversões para qualquer entusiasta das ciências espaciais: o Mojave Air and Space Port. Autoproclamado “o maior centro de testes aeroespaciais civis”, o complexo ocupa uma área de 13 quilômetros quadrados e abriga cerca de 60 empresas ligadas à aeronáutica. Mas é a meia dúzia de companhias que desenvolvem foguetes, combustíveis e softwares que comandam espaçonaves, entre outros equipamentos, que vêm trazendo a fama de “Vale do Silício espacial” ao local (leia quadro).

A pequena Mojave – a cidade contabiliza pouco mais de quatro mil habitantes, segundo o censo de 2010 – tem um lugar especial na história da aviação. Primeiro, foi palco de um aeroporto, construído em 1935 para servir à indústria de mineração local. Mais tarde, em 1942, o complexo virou um campo de treinamento do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (USMC, na sigla em inglês), que se preparavam para combater na Segunda Guerra Mundial.

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INSPIRAÇÃO
As naves criadas pela Virgin e o portal de entrada de Mojave

Na década de 60, depois da aposentadoria do campo do USMC, surgiu o complexo que abrigaria centros de pesquisa e desenvolvimento de empresas de aviação. Para passar a receber também companhias que trabalham no que há de mais moderno em desenvolvimento de tecnologia espacial privada, foi um pulo. Ou melhor, um voo. Hoje, o complexo ainda conta com a maior escola de pilotagem civil do mundo, que capacita pilotos e engenheiros para trabalharem na indústria aeroespacial. As instalações também são usadas para armazenar e reparar aviões de diversas companhias aéreas.

Ao abrigar empresas que investem em ciência espacial, o local passou a atrair pessoas apaixonadas pelo espaço e por tecnologia, donas de um espírito aventureiro e curioso. Gente como o piloto e engenheiro Stuart Witt, diretor-executivo do Mojave Air and Space Port. Filho de fazendeiros e apaixonado por aviões desde criança, Witt não poderia imaginar que um dia seria testemunha de criações tão avançadas tecnologicamente. “Você pode conseguir tudo o que quiser, se for apaixonado pelo que faz e não tiver medo de assumir riscos”, afirma o executivo.

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