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HACKATHONA
Estudantes ucranianos participam do evento do Facebook

O Facebook é uma rede social que nasceu no dormitório da Universidade Harvard, pelas mãos de um grupo de estudantes capitaneados por Mark Zuckerberg, em 2004. De lá para cá, a empresa explodiu e Zuckerberg virou uma das pessoas mais influentes do mundo. Hoje, a rede agrega cerca de 900 milhões de usuários, conta com 3.500 funcionários e é considerada uma das empresas mais criativas e competitivas do mundo.

Mesmo depois de virar um gigante, a empresa diz não ter perdido seu “espírito hacker” e a cultura de “start-up” – termo que define as companhias que brotam com força no mundo da tecnologia. Por isso, algumas vezes por ano o Facebook promove eventos chamados de “hackathonas”, durante os quais seus engenheiros passam 24 horas ouvindo música, interagindo, comendo, bebendo e colocando em prática projetos inovadores e quase malucos. “Algumas das nossas melhores ideias surgiram nas hackathonas”, diz Paul Trajan, engenheiro de software do Facebook, em entrevista à ISTOÉ. É o caso do botão de “curtir” das tags para mencionar outros usuários em uma conversa e do chat integrado à rede social.

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No dia 18 de maio, 150 estudantes da USP, do ITA e da Unicamp poderão vivenciar uma dessas maratonas, que ocorre pela primeira vez no Brasil. Segundo Trajan, o objetivo principal do evento é fazer com que os estudantes sintam-se capazes de resolver problemas. “Temos uma equipe muito boa de engenheiros latino-americanos, e não há muitas empresas recrutando talentos no continente. Por isso trouxemos o evento para o Brasil”, diz o engenheiro.

Os alunos serão divididos em equipes e poderão apresentar seus próprios projetos de programação ou ouvir sugestões dos engenheiros do Facebook, caso estejam sem inspiração. Ao final da maratona, o time que apresentar o melhor projeto ganha US$ 500 para cada integrante e uma viagem para participar da final do evento, que será realizada no último trimestre do ano na Califórnia (EUA), em data a ser definida.

A hackathona estudantil já foi realizada nos EUA, no Canadá e na Ucrânia. Dessas noitadas, saíram aplicativos interessantes, que, embora não tenham sido incorporados oficialmente nas páginas do Facebook, foram parar na internet e proporcionam momentos de diversão. Um deles é o Ninjaquote.com, criado por estudantes da Universidade de Waterloo, no Canadá. O aplicativo monta um teste para o usuário adivinhar qual dos seus amigos postou uma determinada frase. Outra invenção, de estudantes da Universidade de Stanford (EUA), é o Friskychess.com, um xadrez para se jogar online com os amigos da rede social. Como costuma dizer o próprio Mark Zuckerberg, no final das contas, não é preciso ter muita experiência para fazer a diferença no mundo digital.  

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