A doceira Margarete Aparecida Marcondes tem 45 anos e mão boa para doces. Orgulhava-se de seus quitutes e de jamais ter prejudicado alguém. Difícil entender então o que se passou em sua alma. Recebera R$ 7 mil para organizar a festa de 15 anos de uma garota em Curitiba, de cuja família era amiga íntima. Gastou o dinheiro, não preparou nada. Para adiar o evento, enviou guloseimas à casa da adolescente, mas aí já é uma amarga Margarete a mandar amargos doces – brigadeiros com veneno de rato. Ela não queria matar a jovem, desejava-lhe somente uma profunda disenteria para cancelar a festinha. A garota e três amigos comeram os brigadeiros e só não morreram porque Deus não quis que morressem. Arrependida, Margarete quis contar tudo para o marido, mas na hora da conversa o espancou com o rolo de macarrão – o pobre está na UTI. Ela foi presa dormindo em seu próprio carro no litoral catarinense. O delegado Rubens Recalcanti a indiciou pela tentativa de quatro homicídios e por lesão grave.