A euforia tomou conta do país que há pouco mais de um ano era só silêncio: a ativista e Prêmio Nobel da Paz San Suu Kyi, presa política do regime de Miamar por 15 anos, conquistou o cargo de deputada nas eleições gerais do país. Ao seu lado assumirão outros 39 parlamentares da Liga Nacional para a Democracia, partido que teve a sua vitória usurpada por uma junta militar em 1990. A experiência de quem já se frustrou no passado deve guiar os passos de San Suu Kyi: sua cadeira será apenas uma, e isso num parlamento de 650 representantes, a maioria deles alinhados ao regime. O esforço democrático dos militares, por sua vez, deverá ser recompensado nos próximos dias pelos EUA e pela Europa, já decididos a levantar o embargo que há décadas isola o país.