A morte na terçafeira 26 do pintor e escultor paulista Arcangelo Ianelli, aos 86 anos, deixou a arte brasileira desfalcada de um de seus maiores nomes. A sua carreira de mais de seis décadas traduziu as mudanças pelas quais passaram as artes plásticas no Brasil a partir da criação da Bienal de São Paulo, nos anos 50, evento que nos mostrou a abstração pela primeira vez – Ianelli expôs em seis bienais. Ele se distanciou do figurativo, simplificando os contornos de casarios e paisagens e chegando à geometria de retângulos e quadrados superpostos. Enveredou pela pintura informal, caracterizada por manchas e pinceladas largas, concentrou- se nas cores e rompeu os limites da forma. Essa é a sua fase de maturidade, por meio da qual se tornou um mestre colorista. "O que tem de aparecer é a cor, não a tinta", dizia Ianelli. Ele morreu de falência múltip