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A FORÇA DA IMAGEM
A “Pietá árabe” (no alto), o colorido da foto da
partida de rúgbi (centro) e os rebeldes em acão na Líbia (abaixo)

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Na 55a edição do prêmio World Press Photo, a mais importante premiação de fotografia do mundo, a grande vencedora é a pura tradução do velho ditado que diz que uma foto vale mais que mil palavras. Samuel Aranda, um espanhol de 32 anos, passou dois meses no Iêmen para fazer a cobertura da Privamera Árabe – a onda de protestos que se espalhou pelo Oriente Médio a partir do final de 2010. O clique da mulher de burca, acolhendo um parente ferido, foi feita nos primeiros dias da cobertura de Aranda para o “The New York Times”. Apelidada de “Pietá árabe”, a foto comoveu o júri por mostrar um momento de intimidade e ternura em meio a o conflito. E também por colocar a mulher, relegada ao segundo plano na sociedade muçulmana, em destaque. A foto valeu a Aranda dez mil euros e o reconhecimento mundial. Durante a temporada no Iêmen, ele permaneceu anônimo para não colocar sua vida em risco. A primavera árabe também motivou o prêmio na categoria notícia. O ganhador foi o russo Yuri Kozyrev que fotografou os rebeldes em Ras Lanuf, na Líbia.

Outro vencedor entre os 5.247 fotógrafos inscritos foi o irlandês Ray McManus, do jornal “Sportfile”. Seu registro de uma partida de rúgbi em uma noite chuvosa foi o grande vencedor da categoria esporte. Chamam a atenção o tom e o colorido da imagem, obtidos com um ajuste de câmera feito antes do clique.