O Parque Olímpico para os Jogos de Londres já está concluído. Conheça, em vídeo, como o local foi transformado e saiba por que a cidade é modelo em sustentabilidade:

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LEGADO
O Parque Olímpico é a maior área de lazer erguida em Londres nos últimos 100 anos

Na reta final para o maior evento do ano, a Agência Ambiental britânica anunciou na semana passada que o trabalho de recuperação do Parque Olímpico está concluído. Antes poluída e marginalizada, uma zona industrial de 2,5 km² na região de Stratford passou por um grandioso processo de revitalização. O resultado foi a maior área de lazer inaugurada na cidade em 100 anos e um exemplo que pode ser aproveitado em outras metrópoles – inclusive o Rio de Janeiro, sede dos Jogos de 2016.

O projeto, iniciado em abril de 2006, incluiu o tratamento de cerca de 500 mil metros cúbicos de solo, que haviam sido contaminados por resíduos de petróleo e metais pesados como arsênio e chumbo. Toda a terra foi lavada por máquinas e reutilizada no local. O rio Lea, que corta o parque, foi revitalizado. Em suas margens foram plantadas cerca de duas mil árvores nativas e 300 mil espécies subaquáticas, para substituir espécies vegetais invasoras que haviam tomado conta da região (leia quadro). O resultado não foi só um cenário bonito. “Ao abrir espaço para que a água se infiltre no solo, melhoramos as defesas contra inundações. O risco de enchentes foi significativamente reduzido em cerca de quatro mil propriedades da região”, afirmou a Agência Ambiental britânica em comunicado.

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PAISAGISMO
As margens do rio Lea, que corta Londres, ganharam novos jardins

Além das mudanças estruturais, outras estratégias foram traçadas para reduzir o impacto ambiental da construção do parque. De acordo com o governo britânico, cerca de 90% do material que restou após a demolição das antigas estruturas do local será reutilizado. Uma usina de reciclagem de água foi instalada, com a promessa de diminuir em até 40% o uso para irrigação e descarga. Também foi construído um centro de energia de baixo impacto ambiental, que produzirá o suficiente para abastecer dez mil casas.

Toda essa preocupação com a sustentabilidade na Olimpíada não surgiu por acaso. Além de mostrar para todo o mundo que a cidade se importa com o planeta, é uma maneira de compensar a enorme pegada de carbono que os Jogos vão deixar. Afinal, milhares de turistas se deslocarão de avião para a capital inglesa, o que por si só já representará um aumento nas emissões de gás carbônico. A conta da poluição continuará no vermelho, mas pelo menos Londres provou que, com recursos e vontade política, é possível trazer grandes áreas urbanas de volta à vida.

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