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PELE ESTICADA
A atriz Gwyneth Paltrow e a duquesa Kate Middleton estão entre
as mulheres que usam cremes e máscaras contendo a melitina

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Uma nova mania surgida na Inglaterra para atenuar rugas e marcas de expressão está chegando ao Brasil. É o tratamento contendo melitina, uma proteína que é o mais importante elemento do veneno da abelha. A onda começou no fim do ano passado, quando as duquesas Kate Middleton e Camilla Parker Bowles, da família real inglesa, revelaram-se usuárias de produtos faciais contendo a substância. As atrizes Michele Pfeiffer e Gwyneth Paltrow também se declararam fãs do composto. Todas estão usando os cosméticos com melitina feitos pela esteticista Deborah Mitchell, a favorita de Camilla. Em Londres, ela assinou contratos milionários para multiplicar a produção da máscara que aplica para obter uma espécie de ação tensora imediata, promovendo o chamado efeito Cinderela – pele mais esticada e com menos marcas por cerca de uma semana.

No Rio de Janeiro, a dermatologista Karla Assed incorporou a melitina ao menu de tratamentos diferenciados que gosta de oferecer em sua clínica. “Garimpo novidades ao redor do mundo”, diz. Se o objetivo é um efeito rápido para sair à noite com a pele mais bonita, a dermatologista usa cremes à base de proteína – manipulados em farmácia – após uma sessão de laser para obter a ação tensora imediata. “O efeito dura até uma semana”, garante. Se a intenção é nutrir e amenizar marcas por tempo mais prolongado, Karla sugere quatro sessões de laser e depois o uso regular do creme. “Só é contra-indicado para quem tem alergia à picada de abelha”, diz a especialista, que conheceu a substância durante um congresso em Seul, na Coreia do Sul, em outubro. Curiosa por novos ativos, ela também oferece terapias com substâncias contendo veneno de cobra ou secreções de caracol.

Os mecanismos de ação da melitina têm sido bastante estudados. “Ela representa 60% do veneno da abelha, tem ação anti-inflamatória comprovada e age em nível molecular de maneiras que estão sendo investigadas”, afirma o pesquisador Daniel Carvalho, do Instituto Butantan, de São Paulo, especialista no estudo do veneno das abelhas. Na pele, levanta-se a hipótese de que ela aumentaria a produção de colágeno e elastina – compostos que dão sustentação à pele –, de células de defesa e de enzimas benéficas à cútis. “Fiquei surpreso com a quantidade de estudos sobre o uso cosmético, mas ainda não há nada conclusivo”, pondera Carvalho.

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