JÔ MORAES (PCdoB-MG), da CpmI da violência contra mulher
ISTOÉ – Deputada, o que exatamente a comissão pretende investigar?
JÔ – A conduta de quem aplica as leis. Tem havido falhas nas interpretações de alguns juízes sobre a gravidade das ameaças.
ISTOÉ – O caso da procuradora Ana Alice de Melo, morta pelo ex-marido, foi o estopim para a CPMI?
JÔ – Esse é um exemplo do descaso da Justiça e dos erros de avaliação. Ana Alice avisou que estava sob ameaça. Mas o juiz mandou que o marido ficasse a 30 metros de distância. Isso não existe.
ISTOÉ – O que dá para esperar da CPMI?
JÔ – Faremos um relatório sobre as dificuldades para a aplicação da Lei Maria da Penha e sobre a crise das instituições. E vamos propor mudanças.