A Turquia entendeu o recado: o Parlamento francês aprovou lei que pune com prisão qualquer cidadão que no país negar a existência de genocídios historicamente reconhecidos por órgãos e tribunais internacionais. A nova legislação afeta diretamente a Turquia, que insiste em negar o genocídio de armênios durante a Primeira Guerra Mundial, quando o país ainda fazia parte do Império Otomano. Prova disso é que a reação de Ancara foi imediata. O primeiro-ministro, Recep Erdogan, exortou o presidente Nicolas Sarkozy a vetar a decisão – ele tem duas semanas para dizer “sim” ou “não”. Erdogan ameaça: se Sarkozy endossar o Parlamento, o governo turco adotará sanções econômicas.