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OUTRO ESTILO
A atriz diz que não é fã do gênero terror: “Quero fazer filmes que sejam mais inspiradores”

Entre as atrizes com charme e talento para destronar nas bilheterias astros como Tom Cruise e Robert Downey Jr. se alinham, por exemplo, Angelina Jolie e Scarlett Johansson. Mas quem conseguiu essa façanha foi a brasileira Fernanda Andrade, 27 anos, que há 16 vive nos EUA. Ela é a protagonista do filme de horror “Filha do Mal”, a produção mais vista este mês nos cinemas americanos e que ao estrear atingiu o topo da lista batendo blockbusters ­como “Missão Impossível – Protocolo Fantasma” e “Sherlock Holmes: o Jogo de Sombras”. Se Fernanda era desconhecida em Hollywood e exibia um currículo que só incluía participações em séries televisivas como “CSI: Nova York”, “CSI: Miami”, “Law & Order” e “Fallen”, agora ela entrou para o time das estrelas consideradas quando se está montando o cast de uma importante produção. E os convites, segundo ela, já começaram a aparecer.

O seu sucesso recente é resultado de muito trabalho. Natural de São José dos Campos, no interior paulista, Fernanda foi para os EUA com 11 anos acompanhando o pai, contratado como engenheiro por uma empresa de Miami. Nessa época, a garota sonhava em ser bailarina. Mas percebeu que tinha jeito para a atuação ao participar de peças na escola em que se matriculou em Fort Lauderdale. Bastaram cinco anos para ser descoberta e contracenar com Andy Garcia no filme feito para a televisão “For Love or Country: The Arturo Sandoval Story”.

O cinema veio ­como decorrência. Antes de “Filha do Mal”, que custou US$ 1 milhão e já faturou 50 vezes mais, Fernanda fora sondada para outras produções. Por se parecer bastante com Alice Braga, disputou com ela o papel de brasileira em “Cinturão Vermelho”, há três anos. Vinha de uma passagem pelo curso de interpretação no ACTing Lab, em West Hollywood, onde foi colega de turma de ­Rodrigo Santoro. Radicada em Los Angeles, há dois anos ela fez teste na Rede Globo para a novela “Tempos Modernos”. Perdeu o papel para a xará Fernanda Vasconcellos. Agora é a sua vez de escolher o que quer ­interpretar, e longe do estilo que a consagrou: “Não sou fã de terror. Quero fazer trabalhos bons e que sejam mais inspiradores”, diz ela.

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