27/01/2012 - 21:00
OUTRO ESTILO
A atriz diz que não é fã do gênero terror: “Quero fazer filmes que sejam mais inspiradores”
Entre as atrizes com charme e talento para destronar nas bilheterias astros como Tom Cruise e Robert Downey Jr. se alinham, por exemplo, Angelina Jolie e Scarlett Johansson. Mas quem conseguiu essa façanha foi a brasileira Fernanda Andrade, 27 anos, que há 16 vive nos EUA. Ela é a protagonista do filme de horror “Filha do Mal”, a produção mais vista este mês nos cinemas americanos e que ao estrear atingiu o topo da lista batendo blockbusters como “Missão Impossível – Protocolo Fantasma” e “Sherlock Holmes: o Jogo de Sombras”. Se Fernanda era desconhecida em Hollywood e exibia um currículo que só incluía participações em séries televisivas como “CSI: Nova York”, “CSI: Miami”, “Law & Order” e “Fallen”, agora ela entrou para o time das estrelas consideradas quando se está montando o cast de uma importante produção. E os convites, segundo ela, já começaram a aparecer.
O seu sucesso recente é resultado de muito trabalho. Natural de São José dos Campos, no interior paulista, Fernanda foi para os EUA com 11 anos acompanhando o pai, contratado como engenheiro por uma empresa de Miami. Nessa época, a garota sonhava em ser bailarina. Mas percebeu que tinha jeito para a atuação ao participar de peças na escola em que se matriculou em Fort Lauderdale. Bastaram cinco anos para ser descoberta e contracenar com Andy Garcia no filme feito para a televisão “For Love or Country: The Arturo Sandoval Story”.
O cinema veio como decorrência. Antes de “Filha do Mal”, que custou US$ 1 milhão e já faturou 50 vezes mais, Fernanda fora sondada para outras produções. Por se parecer bastante com Alice Braga, disputou com ela o papel de brasileira em “Cinturão Vermelho”, há três anos. Vinha de uma passagem pelo curso de interpretação no ACTing Lab, em West Hollywood, onde foi colega de turma de Rodrigo Santoro. Radicada em Los Angeles, há dois anos ela fez teste na Rede Globo para a novela “Tempos Modernos”. Perdeu o papel para a xará Fernanda Vasconcellos. Agora é a sua vez de escolher o que quer interpretar, e longe do estilo que a consagrou: “Não sou fã de terror. Quero fazer trabalhos bons e que sejam mais inspiradores”, diz ela.