Após uma década sem atuar, o evangélico machão Jece Valadão, 76 anos, fez uma aparição relâmpago na novela da Rede Globo Bang bang – tão meteórica que quem perdeu meia dúzia de capítulos logo no começo da história ficou sem vê-lo nas telas. Agora, ele voltará para valer na série Filhos do Carnaval, que estréia no domingo 5 (produção do canal pago HBO). Conhecido pelos papéis de machão e marginal em clássicos como Os cafajestes e Boca de ouro, Valadão interpretará dessa vez um bicheiro que é dono de escola de samba. Disse a ISTOÉ que “virei o quase sogro de Mick Jagger”, referindo-se a seu casamento com a atriz Vera Gimenez. Ela é mãe da apresentadora Luciana Gimenez, que teve o filho Lucas com Mick Jagger. Mas Valadão não é o pai de Luciana.

ISTOÉ – Por que largou a carreira há dez anos?
Jece Valadão –
Não dá para servir a dois senhores. Quando me tornei evangélico, assumi vida nova. A arte é um meio de pessoas liberadas, com grandes oferendas à luxúria. Jamais farei, por exemplo, papel de pai-de-santo ou de cafetão.

ISTOÉ – É feliz no sexto casamento?
Jece –
Casei com Vera Lúcia logo depois da conversão. Ela é um presente de Deus.

ISTOÉ – Muita gente pensa que o sr. é sogro de Mick Jagger?
Jece –
Sou o quase sogro de Mick Jagger. Quando me casei com a Vera Gimenez, Luciana tinha nove meses (é filha do empresário João Alberto Abu Morad). Eu a assumi como pai. Sinto que ela tem uma admiração por mim e eu por ela. Mas ela não permite intimidade, talvez proibida pela mãe.

ISTOÉ – Qual o seu próximo papel?
Jece –
Estarei em um filme como um juiz devasso que comete o crime perfeito.