ARNALDO HOSSEPIAN, procurador de Justiça e ex-secretário adjunto de Segurança de São Paulo
ISTOÉ – O CNJ está extrapolando suas ações?
Hossepian – De forma alguma. Ele fez seu trabalho diante da morosidade e da inação das corregedorias dos tribunais estaduais. Mas hoje há um anacronismo dos procedimentos de investigação.
ISTOÉ – Mas é possível investigar o Judiciário sem ser perseguido?
Hossepian – É difícil investigar qualquer órgão que mexa com a coisa pública. Eu não entendo por que quem tem acesso ao dinheiro público tem tantas salvaguardas para ser investigado.
ISTOÉ – Dessa forma é possível combater a corrupção?
Hossepian – A corrupção não pode ser atacada de frente, porque se tem a corrupção ativa, tem a passiva, e ninguém vai denunciar. O caminho é pela improbidade administrativa.