Não foi um, nem dois. Foram três os casos de destruição da BR-356 desde 2007 por conta das cheias do rio Muriaé. A rodovia vem funcionando como dique, apesar de não ter sido projetada para isso. O último rompimento, na semana passada, ocasionou a remoção quase total dos quatro mil moradores de Três Vendas, bairro da cidade de Campos, no Rio de Janeiro. O Ministério da Integração Nacional – que foi acusado de privilegiar Pernambuco, Estado do ministro Fernando Bezerra, na alocação de verbas para a prevenção de desastres – afirma que o rompimento da BR-356 foi planejado, o que contradiz a versão das autoridades fluminenses. No Rio, mais de 34 mil pessoas deixaram suas casas desde o início das chuvas. Já em Minas Gerais, pelo menos dez pessoas morreram, mais de dez mil estão desalojadas ou desabrigadas e 87 cidades permanecem em situação de emergência. Enquanto isso, no Sul do País, fazendeiros e agricultores contam os prejuízos da estiagem, que já afetou mais de 650 mil pessoas.