Depois de ISTOÉ revelar que o lobista Gil Pierre Herck atuava em favor de interesses privados em um gabinete do Ministério das Cidades, com direito a crachá e secretária, o ministro Mário Negromonte o afastou do cargo. O lobista despachava diariamente no quinto andar do Ministério das Cidades, tinha acesso irrestrito ao gabinete do diretor do Denatran, Julio Arcoverde, e chegou a participar de reuniões técnicas na Casa Civil.

A partir da publicação da denúncia na ISTOÉ, Herck tornou-se uma espécie de persona non grata no PP. Ninguém queria assumir sua indicação. Por isso, sua situação no Denatran ficou insustentável. Até a Anpevi, que teve Herck em seu conselho executivo, também lavou as mãos. Em nota encaminhada à ISTOÉ, a Anpevi disse não possuir representantes em órgãos públicos.
O senador Ciro Nogueira (PI), por sua vez, enviou um ofício a Negromonte alegando não ter “o menor vínculo” com o lobista.