Graças à sua posição diplomática e ao bom meio de campo que fez em Durban entre os EUA e os países emergentes, o Brasil sai da COP-17 ungido à condição de interlocutor junto ao governo americano para tentar dissuadi-lo de suas posições pouco flexíveis em relação ao meio ambiente. Sua atuação parece ter dado frutos: no último dia da conferência, os EUA finalmente mostraram disposição para apoiar o Fundo Verde que, se sair do papel, destinará recursos para mitigar os efeitos do aquecimento global e financiar o corte de emissões de carbono. Mesmo diante dos esforços brasileiros na COP-17 – que, para alguns observadores internacionais, passaram uma mensagem contraditória ao coincidir com a aprovação de um novo Código Florestal no Senado –, a reunião termina sem o comprometimento dos maiores poluidores de colocar em prática um acordo com força de lei antes de 2020.