09/09/2009 - 10:00
O filme “A Rainha Margot” revelou ao público o cineasta francês Patrice Chéreau. Ele já era, no entanto, um diretor de teatro consagrado, tendo marcado época com a montagem do ciclo de óperas “O Anel dos Nibelungos”, com regência de Pierre Boulez. É essa faceta de encenador que, pela primeira vez, Chéreau mostra no Brasil, em dois monólogos – “O Grande Inquisidor” e “A Dor” (São Paulo e Porto Alegre, entre os dias 9 e 13/9). No primeiro, baseado no capítulo de “Os Irmãos Karamazov”, de Fiódor Dostoiévski, em que um inquisidor debate com Jesus Cristo a inutilidade do livre-arbítrio, Chéreau acumula as funções de ator e diretor. Em “A Dor”, adaptação do livro de Marguerite Duras sobre a ida de seu marido para um campo de concentração, ele dirige a atriz Dominique Blanc.
CINEMA
Amores no Brooklyn
O diretor James Gray assina a sua terceira parceria com o ator Joaquin Phoenix em “Amantes” (em cartaz no Brasil). A história, passada no bairro do Brooklyn, em Nova York, retrata a vida de Leonard (papel de Phoenix), único filho de uma família judia proprietária de uma lavanderia. Ele se mostra dividido entre a confusa vizinha Michelle (Gwyneth Paltrow) e a pragmática Sandra (Vanessa Shaw), filha de um casal amigo de seus pais.
DVD
Últimos dias de Van Gogh
De todos os filmes já feitos sobre o pintor holandês Vincent Van Gogh, o do cineasta francês Maurice Pialat é o melhor. Centrado nos últimos três meses de vida do artista, “Van Gogh” flagra o pintor radicado na cidade de Auvers-sur-Oise, ao sul da França, para onde foi em busca de tratamento com seu médico particular e grande incentivador. O ator Jacques Dutronc faz uma bela composição do artista, evitando o histrionismo. E Pialat acompanha esse período produtivo e sofrido da vida de Van Gogh com um realismo que afasta as mistificações.
LIVROS
A vingança da top model
Dono de um humor corrosivo, o escritor americano Chuck Palahniuk repete a dose habitual de escárnio em “Monstros Invisíveis” (Rocco), que chega às livrarias nesta semana. Dessa vez, o autor de “Clube de Combate” (livro no qual se baseou o filme “Clube da Luta”, com Brad Pitt) mira a hipocrisia e a futilidade da sociedade de consumo. Ele narra a trajetória de Shannon McFarnand, modelo de carreira promissora que fica desfigurada após um grave acidente, e parte, ao lado do transexual Brandy, numa viagem vertiginosa e vingativa.
