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3D POR TODOS OS LADOS
A tecnologia tridimensional chegou com força a todo tipo de máquina portátil

Além de ser um sucesso nas bilheterias do mundo todo, o blockbuster “Avatar” ajudou, sem querer, o mundo da tecnologia pessoal. De repente, todo fabricante de eletrônicos (TVs, câmeras, videogames e até mesmo computadores) entendeu que o 3D era um novo caminho para explorar dentro da casa de cada espectador.

Primeiro, foram os televisores. Saem de cena os velhos óculos coloridos de acrílico azul e vermelho, usados no cinema do passado, e entram no seu lugar telas de LCD, LED e Plasma de última geração com o uso de óculos com nova tecnologia: agora, eles são feitos com microtelas que piscam alternadamente e ajudam a gerar o efeito tridimensional no cérebro em alta definição, ou simplesmente “óculos ativos”, na definição oficial. Alguns fabricantes, como Philips e LG, decidiram que essa tecnologia era interessante, mas ainda muito cara, e adaptaram as suas telas de LED para o uso de óculos passivos (com lentes polarizadas, iguais aos do cinema, mais leves e baratos): aqui, o esforço de gerar a imagem 3D fica por conta da tela. Além de reproduzir filmes no formato tridimensional, a maioria dos modelos de TVs também consegue converter de maneira automática o conteúdo 2D para 3D – desse modo, o futebol de domingo ou a novela das 9 ficam muito mais interessantes.

O pacote completo foi desenvolvido em conjunto para assistir em três dimensões: home theaters 3D, Blu-ray players 3D e até mesmo videogames como Xbox 360 e PlayStation 3, que receberam atualizações para conseguir reproduzir novos games em três dimensões. Os estúdios de cinema, animados com o sucesso de “Avatar”, produziram novos filmes com a tecnologia, com lançamento posterior em Blu-ray 3D.

Mas a grande diversão mesmo fica com a produção doméstica em 3D. Já chega às lojas uma nova geração de câmeras fotográficas de fabricantes como Sony, Panasonic e Fuji, além de smartphones de marcas como HTC e LG. Todos capazes de gerar fotos e vídeos 3D.
De qualquer maneira, a tecnologia, apesar de promissora, ainda engatinha. Segundo os especialistas, a Europa ainda é vista como o principal mercado ainda para esse tipo de produto e o crescimento e adoção geral em todo o mundo deve ocorrer após 2015, com mais de 300 milhões de TVs comercializadas.

Até lá, os aparelhos devem ficar mais baratos e a oferta de conteúdo promete ser cada vez mais vasta.