Relembre, em vídeo, a beleza da diva e conheça algumas das frases mais marcantes ditas por ela :

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CHARME E DEPRESSÃO
Marilyn, um mês antes de morrer: a foto de Bert Stern não traduz a melancolia da atriz

Se estivesse viva, a atriz americana Marilyn Monroe teria feito 85 anos em junho e, possivelmente, seria alvo apenas de discretas homenagens. Morta no auge de sua carreira e no esplendor da beleza – em circunstâncias que nunca foram esclarecidas –, ela se tornou um dos maiores mitos da história do cinema. Em agosto do ano que vem se completa meio século de seu suposto suicídio, aos 36 anos, por ingestão excessiva de calmantes e até lá vai se falar bastante da loira mais famosa das telas. O fenômeno da “Marilyn mania” está apenas começando e gerou uma verdadeira obsessão mercadológica nos EUA: são livros, exposições, filmes e séries televisivas que buscam desvendar os meandros da sua curta existência ou simplesmente prestar tributo à sua figura a um só tempo frágil e exuberante.

Um dos inúmeros livros que chegaram às livrarias americanas trata justamente das circunstâncias em que a atriz morreu. Resultado de cinco anos de pesquisa, “Marilyn Monroe: a Case of Murder”, do americano Jay Margolis, aposta na hipótese de que ela fora assassinada. Trata-se de uma suspeita que não é nova: a autópsia não registrou a presença de comprimidos em seu estômago. Sem pretensões nesse sentido, mas avançando numa fase à qual nunca se deu muito destaque, aparece o filme “Minha Semana com Marilyn”, que estreou nos EUA na quarta-feira 23 e chega ao Brasil no início do ano. O enredo é baseado em fatos reais, passados em 1956 e registrados em dois diários do cineasta inglês Colin Clark, e flagra Marilyn em um dos momentos-chaves de sua carreira. Recém-casada com o dramaturgo Arthur Miller e em busca de reconhecimento, ela quis dar um salto na carreira. Abriu sua própria produtora e convidou o renomado ator inglês Lawrence Olivier para atuar a seu lado e também dirigi-la na comédia “O Príncipe Encantado”, sobre o romance entre uma dançarina e o dirigente de um país dos Balcãs, em visita a Londres. Marilyn, obviamente, interpreta a sedutora dançarina e Oliver, o nobre vindo de longe.

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INTIMIDADE
Michelle Williams interpreta a atriz no filme “Minha Semana com Marilyn”:
envolvimento com um jovem inglês

No set, contudo, a relação dos dois não foi nada amigável. Olivier, um intérprete shakespeariano por excelência, se irritava bastante com a insistência da atriz em seguir os métodos naturalistas de atuação do Actor’s Studio – ela levara consigo, inclusive, a assistente Paula Strasberg, mulher do diretor dessa escola famosa por formar astros como James Dean e Paul Newman. Olivier também não tolerava os seus constantes atrasos. Sem a proteção do marido, com quem se desentendera, a atriz entrou em crise e procurou ajuda nos calmantes e no terceiro assistente de direção, Colin Clark, 23 anos. Marilyn achou que o rapaz, filho de um renomado historiador e bastante culto, poderia lhe oferecer o apoio de que precisava. E ele, claro, apaixonou-se. A “semana” a que o título do filme se refere foram os sete dias que os dois passaram no campo, quando a relação de amizade e erotismo latente só se intensificou.

Marilyn, que no filme é interpretada por Michelle Williams numa caracterização elogiada, não chegou a ter propriamente um romance com Clark (apenas um beijo, nadando em um lago), mas a história marcou o inglês para sempre a ponto de ele só revelar seus detalhes no final da vida, há 11 anos. Em uma das passagens, a atriz diz ao novo amigo que ele foi o primeiro homem mais jovem com quem se envolvera. Outros tiveram esse privilégio. Em recente entrevista à revista “The Hollywood Reporter”, o fotógrafo Lawrence Schiller, autor das célebres fotos da atriz nua, feitas pouco antes da morte da estrela durante as filmagens do inacabado “Somethings Gotta Give”, afirma que também eles quase tiveram um caso. “Eu estava com 22 anos e ela, com 34 ou 35. Não houve sexo, ela apenas me ensinou como fotografá-la.” Schiller, cujas fotos serão lançadas em livro pela Taschen, disse que a decisão de ficar nua no set partiu da atriz. Com isso, ela buscava competir com Elizabeth Taylor, a mais bem paga na época. Afirma também que a sua decisão de cantar “Parabéns para Você” no aniver­­sário do presidente John Kennedy visava a mesma coisa: provocar escândalo.

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Diamantes são os melhores amigos das mulheres, dizia a personagem de Marilyn em “Os Homens Preferem as Loiras”. Mas, no set, os fotógrafos eram os seus grandes confidentes. A atriz teve uma legião de retratistas e vem deles o maior filão da Marilyn mania. Além de “Marilyn Monroe: Metamorphosis”, de David Willis, uma antologia de seus melhores retratos, acaba de ser lançado “Marilyn: Intimate Exposures”, de Bruno Bernard, o autor da foto da atriz de vestido branco sobre a saída de ar do metrô de Nova York – a maioria das imagens é inédita. Dono de mais de duas mil fotos da estrela, Bert Stern foi o autor dos últimos retratos da atriz. Parte deles foi reunida no livro “Norman Mailer, Bert Stern: Marilyn Monroe”, também pela Taschen, com o famoso ensaio de Mailer sobre a estrela. Como convém à ocasião, a obra custa US$ 1 mil.

 

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