Os muito céticos e de sentimentos mornos que desculpem, mas há, sim, verdadeiras histórias de amor. Em 1952, no Rio Grande do Norte, Irene e Fernando viveram uma breve mas intensa paixão – e também aqui desculpem a redundância, porque paixão que é paixão é intensa. Mas quis o destino que Fernando tivesse de mudar de cidade. As vidas seguiram caminhos diferentes, mas, coincidentemente, paralelos: ambos se casaram, ambos tiveram dois filhos e ambos ficaram viúvos. Agora a sorte lhes foi madrinha, e aconteceu o reencontro meio século depois. Em uma fila, Irene puxou conversa com uma mulher que, do nada, começou a lhe falar sobre Fernando, um homem circunspecto que repetia uma história de uma paixão do passado. Irene lhe deu o nome e o telefone. Pouco esperou: em um par de dias Fernando ressurgiu.