A situação da repressão na Síria desde o início das manifestações contra o governo de Bashar Assad ganhou novo contorno – e os responsáveis por ele não são líderes árabes ou ocidentais que reforçam ameaças a Damasco e impõem prazo para o fim da violência. A mudança vem de dentro, de um grupo de soldados desertores que atacou uma base do Exército de Assad. Oito militares morreram na ofensiva que se deu dois dias após a jornada mais sangrenta para os opositores – entre a segunda-feira 14 e a terça-feira mais de 90 pessoas foram mortas pelo regime. O líder, isolado, diz que não vai sair. O povo, dividido, não tem mais onde se esconder.